Washington Teixeira Alves, de 49 anos, conhecido nacionalmente como “Segurança do Amor” após viralizar em um show de forró no Sertão de Alagoas, foi preso no último sábado (12) em Olho D’Água das Flores, no Médio Sertão alagoano. A detenção, realizada por equipes do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) do 7º Batalhão da Polícia Militar, ocorreu por força de um mandado expedido pela 16ª Vara Criminal da Capital, que aponta Washington como um dos líderes de uma facção criminosa envolvida com tráfico de drogas e homicídios.
A fama de Washington começou em 2023, quando vídeos dele cantando e dançando durante um show da banda Unha Pintada viralizaram nas redes sociais, somando milhões de visualizações. Com mais de 400 mil seguidores no Instagram, ele se tornou uma figura popular, principalmente no Nordeste.
Após a prisão, familiares de Washington passaram a utilizar o perfil dele para pedir apoio financeiro e “ajuda para provar sua inocência”. A campanha, no entanto, gerou polêmica e desconfiança entre seguidores, que questionam a real finalidade das doações e pedem mais transparência sobre o caso. Comentários nas publicações variam entre apoio e críticas, com muitos internautas exigindo esclarecimentos sobre o histórico do ex-segurança.
Washington já havia sido preso anteriormente, em 2016, em Maceió, por tráfico de drogas, e em 2017, no Rio de Janeiro, também acusado de envolvimento com tráfico e homicídios. Apesar desse passado, ele reconstruiu sua imagem nas redes sociais, tornando-se símbolo de superação para muitos fãs.
Em nota divulgada nas redes, a família nega qualquer envolvimento de Washington com atividades criminosas e afirma que ele foi preso injustamente enquanto se preparava para sair de casa e comprar temperos. Eles alegam que a acusação é fruto de julgamento precipitado e pedem respeito e empatia.
Washington passou por exame de corpo de delito em Santana do Ipanema e permanece detido no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) da cidade, à disposição da Justiça. As investigações sobre a atuação da facção criminosa na região continuam, segundo a Polícia Militar.