A disputa judicial entre os cantores Nattan e Natanzinho Lima pelo direito de uso do nome artístico “Nattanzinho” tem movimentado os bastidores do forró e do arrocha no Brasil. O impasse, que envolve dois artistas em ascensão, está sendo analisado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e pode impactar diretamente a carreira de ambos.
O caso teve início em 2024, quando Nattan, destaque do forró, formalizou o pedido de registro da marca “Nattanzinho” junto ao INPI. Pouco tempo depois, Natanzinho Lima, conhecido no arrocha, apresentou uma contestação, alegando que já utilizava o nome há mais tempo, mesmo sem registro formal. Desde então, as equipes dos artistas têm apresentado documentos e provas para tentar consolidar seus direitos sobre a marca.
De um lado, Nattan já possui o registro oficial da marca “Nattanzinho” e argumenta que o nome está diretamente associado à sua trajetória profissional, sendo utilizado em músicas e materiais promocionais desde o início da carreira. Do outro, Natanzinho Lima busca comprovar o uso anterior e contínuo do nome, defendendo a prioridade no registro e alegando que a coexistência das marcas pode causar confusão entre os fãs.
Apesar da disputa, as assessorias de ambos os artistas afirmam que não há animosidade pessoal, apenas a defesa de interesses profissionais. A equipe de Nattan declarou que não se opõe ao registro de “Natanzinho Lima”, mas discorda do uso exclusivo do termo “Natanzinho” por Lima. Já a equipe de Natanzinho Lima sustenta que a marca não pode ser registrada por Nattan, pois seria uma reprodução de nome já utilizado no mercado.
Enquanto o INPI não define o caso, Nattan e Natanzinho Lima seguem com suas agendas de shows e continuam utilizando seus nomes artísticos em redes sociais e eventos. O desfecho do processo poderá estabelecer um importante precedente sobre o registro de nomes artísticos no Brasil.