Desobedientes, série criada por Mae Martin e lançada pela Netflix, somou 48 milhões de horas assistidas logo após a estreia. A trama aqueceu debates nacionais ao mostrar uma comunidade onde controle, liberdade e poder se misturam — e o episódio final deixou tudo mais explícito.
Fuga e perseguição
No desfecho, o trio formado por Abbie, Leila e Rory conseguiu sair do complexo Tall Pines escondendo-se em um micro-ônibus da instituição. Mas a saída virou uma correria: a polícia entrou em perseguição imediata e a tentativa de fuga virou uma corrida contra o tempo.
O destino de Alex
Enquanto a fuga acontecia, o policial Alex foi capturado por Dwayne e levado de volta a Tall Pines. A direção pretendia submetê‑lo ao que seria o ritual final de lavagem cerebral, conduzido por Evelyn Wade (interpretada por Toni Collette), usando as mesmas técnicas aplicadas aos jovens do instituto.
Traição e nova liderança
A queda de Evelyn veio depois da traição da figura conhecida como Coelha. Ela libertou Alex da custódia de Dwayne e usou os mesmos coquetéis químicos empregados pela direção para neutralizar Evelyn. Com isso, emergiu uma nova liderança: Laura, esposa de Alex, que tomou o comando da comunidade e declarou que o filho pertencia a todos.
A escolha de Alex
Um dos momentos mais impactantes mostrou que a fuga que parecia ter acontecido foi, na verdade, uma fantasia na mente de Alex — ele optou por permanecer em Tall Pines. Foi seduzido pela promessa de uma vida familiar “normal”, uma escolha que implicou abandonar referências morais em troca de pertencimento.
Consequências para os jovens
A despedida dos jovens deixou claro o custo da ruptura com o controle: Rory se sacrificou para desviar a atenção da polícia e permitir a fuga de Abbie, acabando recapturado; Abbie escapou usando o carro que Alex havia deixado; e Leila ficou na cidade, sem rumo, sujeita ao novo regime de Tall Pines.
Ciclos de poder
O episódio final reforça a ideia de ciclos que se repetem dentro da comunidade — substituição de autoridades, manutenção de práticas de controle e a sensação de que pouco muda, apesar das rupturas aparentes. Explicações detalhadas sobre esses pontos foram publicadas por veículos especializados, como o site Olhar Digital.
No fim, fica a pergunta: que preço se paga por pertencer, quando pertencer exige abrir mão de si mesmo?

