O caso envolvendo a influenciadora Rayane Figliuzzi — namorada do cantor Belo e confinada em A Fazenda 17 — voltou a ganhar atenção após a divulgação de um vídeo que mostra uma briga na porta de uma escola, com o filho do casal presente. A repercussão fez com que a defesa de Alexandre Navarro Júnior afirmasse que as imagens eram parciais e que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro teria arquivado o inquérito, segundo os próprios advogados.
O que foi divulgado
Nas redes, Rayane publicou um desabafo sobre o episódio. Ela escreveu que não é “a única mulher vítima de violência doméstica, perseguida por um abusador, vítima de um narcisista e caluniada por quem deveria me respeitar” e acrescentou que transformou a dor em coragem para não ficar em silêncio.
Por outro lado, a equipe jurídica de Alexandre declarou que o vídeo compartilhado publicamente estava incompleto e que trechos isolados teriam conduzido a opinião pública de forma distorcida.
As versões da defesa e da reportagem
Segundo a defesa, foram encaminhados ao veículo a gravação integral e a manifestação do Ministério Público que, conforme os advogados, justificariam o arquivamento do inquérito por se tratar de agressões mútuas. Os pontos principais levantados pela defesa incluem:
- os trechos divulgados eram parciais e tiravam o contexto;
- foi apresentada a íntegra do vídeo e a manifestação do MPRJ;
- o conflito, segundo os advogados, teria durado mais de 15 minutos e, em momentos, a criança teria estado no colo durante as trocas de agressões;
- diante disso, não haveriam elementos para o prosseguimento de eventual processo criminal, segundo a defesa, que também criticou a exposição do caso nas redes.
Uma reportagem da colunista Fábia Oliveira resgatou o vídeo integral e trouxe uma sequência de episódios apontada na gravação: Alexandre teria saído da escola com o filho no colo quando Rayane o atingiu com chutes; em seguida, ela teria desferido quatro socos na cabeça do ex-companheiro enquanto a criança ainda estava nos braços. A defesa afirmou que ao menos dois desses socos teriam acertado também a criança. Ainda conforme a reportagem, ele chegou a entregar a criança a outra pessoa, empurrou Rayane — que caiu — e depois desferiu chutes contra ela; a discussão continuou com empurrões, tapas, cusparadas e, em um momento, ele a teria lançado contra a grade até que pessoas próximas separassem o casal.
Repercussão pública
As cenas viralizaram e motivaram muitos comentários de internautas. Em um dos registros publicados, um usuário escreveu: “Certo nao é… mas é nítido que ele só bateu nela depois que os socos dela pegaram na criança… ai ele perdeu a razão e descontou a raiva que ficou pelo o que ela fez… defendeu a criança… e outra, tanta luta para estabelecer nossos direitos, e tem mulher que abusa das nossas conquistas, acha que a maria da penha é pra qualquer situação e provoca até o outro perder a cabeça, acho certo não”.
Em nota pública, a defesa reforçou que enviou ao veículo a íntegra do vídeo e a manifestação do Ministério Público que determinou o arquivamento do inquérito, sustentando que, diante desse entendimento oficial, não havia fundamentos para o prosseguimento de qualquer ação criminal contra Alexandre Navarro Júnior.
O caso segue com versões opostas e desdobramentos tanto na esfera pública quanto na jurídica, enquanto a discussão sobre o conteúdo das imagens e o contexto em que ocorreram continua a polarizar opiniões.