Dançarina Carla Minhoca é presa na Itália por tráfico de mulheres para exploração sexual

A dançarina baiana Carla Sueli Silva Freitas, conhecida como Carla Minhoca, foi presa na Itália por envolvimento em uma quadrilha de tráfico de mulheres para exploração sexual.

Ex-dançarina da banda Fantasmão, Carla foi presa na última quarta-feira (15), conforme reportagem do Fantástico, da TV Globo, veiculada neste domingo (19). Outras 14 pessoas também foram presas em solo italiano e no Brasil. A quadrilha da qual Carla Minhoca é apontada por fazer parte atua no Brasil desde 2010 e já levou 150 mulheres para se prostituir na Europa.

Segundo as investigações, as brasileiras voavam em aviões fretados de empresas italianas até Milão, onde pegavam um trem para Gorizia, na fronteira com a Eslovênia. Já no país, elas iam para a cidade de Nova Gorica, onde se prostituíam. O trabalho ocorria em dois turno, das 19h até pelo menos a 3h, em duas boates. Cada programa custava 200 euros (R$ 620,00) e a quadrilha ficava com metade do dinheiro.

A reportagem dimensionou o lucro: explorando 20 brasileiras, a organização criminosa tiraria 10 mil euros por dia, ou R$ 65 mil. O dinheiro era movimentado em contas da Eslovênia, da Itália e do Brasil. Além de Carla Minhoca, as brasileiras Daiana Paula Ribeiro da Silva, conhecida como Paloma, e Emanuela Andrade Bernardo foram presas na Itália e ainda não foram extraditadas.

A polícia prendeu também os italianos Flávio Frugis, Marco Paolo Vila e Pasquale Ferrati, e os eslovenos Tine Motoh e Vitor Cavernick. Se condenados, os presos podem pegar 25 anos de prisaão por tráfico internacional de pessoas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.