A luta da família do cantor Cristiano Araújo, que morreu em 2015, para receber uma indenização por danos morais do apresentador Zeca Camargo, da Globo, ganhou um novo round: uma audiência de conciliação entre as partes, marcada para a terça-feira, dia 11, em Goiânia.
Mas Zeca Camargo pediu na Justiça para não ir pessoalmente ao encontro da família do sertanejo.
Nos autos do processo (aos quais o KTV teve acesso), a defesa do apresentador alega que como a ação está correndo em Goiânia, e Zeca reside no Rio, seria melhor o apresentador participar da audiência online, via Skype ou outro tipo de videoconferência. A defesa alega que isso seria mais prático e rápido para o processo, e evitaria transtornos por conta da repercussão do caso na mídia. Quer evitar ainda mais a exposição (negativa) de seu cliente.
A Justiça permitiu a participação do apresentador online, e seu advogado deve levar um notebook ao Fórum na terça (11), para que Zeca esteja presente, mesmo que via Skype, na primeira audiência de conciliação.
A família de Cristiano Araújo processou Zeca Camargo por danos morais. Se sentiu ofendida com as críticas feitas pelo apresentador da Globo à comoção em torno da morte de Cristiano, que morreu em um acidente de carro.
Na época, Zeca fez uma análise no "Jornal das Dez", da Globo News, questionando os excessos na cobertura de TV e na comoção geral em torno da tragédia envolvendo o cantor.
O apresentador comparou essa união em torno da morte do cantor com a moda dos livros de colorir, 'sem emoção' e 'sem propósito'. Zeca ainda falou de cantores desse novo universo sertanejo : "Nossa canção popular é dominada por revelações de uma música só". Disse que devíamos adorar "ídolos de verdade", citando Michael Jackson e Princesa Diana.
Após a repercussão das críticas, Zeca virou alvo de internautas e de artistas da música sertaneja. O apresentador chegou a pedir desculpas publicamente, mas nunca mais conseguiu se livrar de um processo e do ranço envolvendo a história.
A ação da família de Cristiano Araújo, que corre na Justiça desde 2015, pede uma indenização por danos morais que já deve ter passado da casa de R$ 1,5 milhão.
