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Baio do Acordeon festeja retorno de sanfona roubada, presente de Luiz Gonzaga

Tesouro Cultural Recuperado: A Sanfona de Baio, Dada por Luiz Gonzaga, Retorna ao seu Dono

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Feira de Santana, BA – Após três dias de agonia, a sanfona branca doada pelo ícone do forró, Luiz Gonzaga, a Baio do Acordeon, em 1974, foi recuperada na noite de sexta-feira (16). “É a maior satisfação do mundo”, comemorou Baio após a notícia.

A sanfona, um objeto de imenso valor sentimental e histórico para Baio e a banda Os Bambas do Nordeste, havia sido furtada do camarim no Arraiá do Comércio em Feira de Santana. O forrozeiro, natural da cidade, e seu parceiro Carlos Matheus, estavam realizando um show quando receberam a notícia do roubo, que gerou grande consternação.

“Eu estava amargurado, porque sou um cara que não deve nada a ninguém, preciso do meu instrumento, e procurei na hora e não achei”, declarou Baio. O instrumento, uma relíquia insubstituível, com 80 baixos e gravado com a frase “Oferta do Rei do Baião”, foi localizado após investigações policiais.

As imagens de segurança, disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Prevenção à Violência (Seprev), ajudaram a identificar os suspeitos, que foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil e Militar. O suspeito que estava com a sanfona confessou a localização do instrumento durante patrulha no Arraiá do Comércio.

Baio e Matheus chegaram à delegacia por volta das 23h, logo após o show, onde a sanfona estava sendo guardada até a conclusão dos procedimentos policiais cabíveis. Matheus expressou gratidão à imprensa, à Polícia Civil, à Polícia Militar e ao pessoal da Seprev, e compartilhou a felicidade de ver novamente a sanfona.

A banda Os Bambas do Nordeste e a população de Feira de Santana celebram a recuperação desse tesouro musical, cuja perda poderia ter sido um golpe duro para a cultura local. “Agora a sanfona vai ficar bem aguardada, com sete chaves”, afirmou Matheus.

O instrumento deverá ser devolvido ao dono na próxima segunda-feira (19). A história da sanfona doada por Gonzagão, a angústia da perda e a alegria da recuperação, reforçam o valor inestimável que essas relíquias culturais têm para nossa música e nossa cultura.

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