Jonathan Azevedo, intérprete de Sabiá em “A força do querer”, sofreu racismo via web. A denúncia foi feita na página “Parceiros do Vidigal”, comunidade que o ator e cantor frequenta com os colegas do grupo Melanina Carioca. Os comentários racistas aconteceram após repercussão de notícias que informavam que o ator assinou contrato com a TV Globo e deve permanecer na trama até o fim da novela de Gloria Perez.
“Me desculpem mas papel de traficante cai muito bem para ele (…) Tenho até medo se eu ver (sic) em algum lugar público. Não faço questão de tirar selfie”, escreveu a seguidora que o ofendeu. Após a viralização, a atriz Hylka Maria, intérprete de Alessia, namorada do personagem de “A força do querer”, o defendeu na web.
“Venho por meio deste post lhe dar a triste certeza de que realmente você jamais encontrará com o Jonathan para uma selfie. Não porque ele se recusaria. Mas pelo fato de você vibrar numa frequência energética tão baixa, que segundo a lei da física quântica, jamais seria possivel você esbarrar com um ser de luz como o meu amigo e parceiro Jonathan. E sabe Glaucia, isso não tem a ver com cor de pele, sexo, porque ele é ator, ou está no ar numa novela das 21h na Rede Globo, não… É porque grandiosidade de caráter, de essência e de alma a gente mede pelo que está dentro e não pela casca. Te desejo luz e despertar de consciência, Glaucia. Aliás, uma luz bem parecida com a qual o Jonathan ilumina o set, a vida dos amigos dele e a casa de todo mundo que o assiste durante a novela”.
Além da companheira de cena, outros fãs e amigos escreveram homenagens ao trabalho do artista, também conhecido no meio artístico como Negueba: “Ele está de parabéns. É um excelente ator! Muito merecido assinar o contrato”, “Ótimo ator está de parabéns foi ótimo. Que ele continue brilhando pois é muito talentoso”, “Ele é demais. Tenho várias fotos com ele e, se eu encontrar novamente, jamais perderia outra oportunidade”, “Moro no mesmo lugar que ele mora. É uma pessoa do bem”.
Em entrevista recente ao EXTRA, o ator comentou sobre a dificuldade do papel de traficante na novela das nove. Ele afirma não ver problemas em ter feito criminosos em algumas obras (a série “Força-tarefa" e o filme “174’’ são exemplos).
— Não questiono isso, vou fazendo meu trabalho. Se eu negar, deixo de conhecer vários diretores com quem gostaria de trabalhar. E fecho minhas possibilidades — argumentou Jonathan, criado na comunidade São Sebastião, no Leblon, foi adotado por uma família e afirma que luta por seus sonhos: — A vida é uma luta de boxe , todo dia tem um round.