O caso envolvendo Ana Hickmann, apresentadora da Record TV, e seu ex-marido, Alexandre Correa, ganhou novos contornos com alegações de fraude. Segundo o colunista Ricardo Feltrin, a apresentadora teria utilizado uma empresa “laranja” para prejudicar Correa. A empresa, denominada “Meliá” e criada em janeiro do ano passado, estava inicialmente em nome de Eduardo Duarte, investigado pela Polícia Federal por abrir mais de 700 empreendimentos.
Os documentos acessados por Feltrin indicam uma série de movimentações suspeitas. Em novembro, pouco antes de uma discussão notória entre Hickmann e Correa, a sede da “Meliá” foi transferida para a Avenida Consolação, em São Paulo, ainda sob titularidade de Eduardo. Posteriormente, Ana Hickmann assumiu a propriedade, renomeando a empresa para “Hickmann House”.
O contexto da acusação inclui um episódio de violência doméstica relatado por Hickmann, que levou à emissão de uma medida protetiva contra Correa. Segundo Feltrin, Correa foi pressionado a abrir mão da administração de várias empresas sem perder a sociedade, numa tentativa de resolver a disputa. O acordo teria sido firmado três dias após Hickmann denunciar o ex-marido como uma ameaça.
Desde a mudança de nome para “Hickmann House”, a empresa passou por várias alterações de atividade econômica e endereço, além da transferência de contratos e patrimônio da “Meliá” original. Feltrin aponta que os outros CNPJs ligados a Ana Hickmann foram desativados em meio a essas transições.
O advogado de Correa, Enio Murad, anunciou que pretende acionar a justiça contra Hickmann por fraudes, falsificações e uso de empresas laranjas. A defesa de Hickmann não respondeu às tentativas de contato, enquanto Eduardo Duarte, o nome inicialmente associado à empresa controversa, permanece inacessível para comentários.
