O X, anteriormente conhecido como Twitter, voltou a operar no Brasil na manhã desta quarta-feira (18), após ser bloqueado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o final de agosto. A plataforma contornou a restrição judicial utilizando os serviços da Cloudflare, que mascarou seu IP, dificultando a ação das operadoras de internet.
Com a decisão do STF, os provedores de internet foram obrigados a restringir o acesso ao X, bloqueando seus endereços IP. Contudo, na noite de terça-feira (17), a rede social fez uma alteração técnica, conforme relatado por Basílio Rodrigues Perez, conselheiro da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que a associou aos servidores da Cloudflare.
A Cloudflare redireciona o tráfego do X por meio de sua rede global, o que complica o rastreamento e o bloqueio do IP original pelos provedores. Agora, o que é registrado é o IP da Cloudflare, que abriga uma ampla gama de serviços, criando um “escudo” para a plataforma e dificultando a aplicação do bloqueio judicial.
A situação levanta questões sobre a eficácia das restrições governamentais em plataformas que utilizam tecnologias de ocultação. A Anatel reafirmou que o bloqueio ao X permanece em vigor, mas a complexidade de bloquear IPs se intensifica com o uso de serviços como os da Cloudflare. A empresa mantém uma política de neutralidade, não interferindo nas operações de seus clientes sem uma ordem legal.