Um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP), revelou uma significativa redução de 21% na incidência de casos de dengue entre os indivíduos vacinados contra a doença no Paraná. Esta descoberta surge como um raio de esperança em meio ao aumento recorde de casos de dengue registrados no Brasil neste ano, situação que tem sido alvo de alertas pelas autoridades de saúde.
A pesquisa avaliou pessoas vacinadas no Paraná entre 2016 e 2018, na faixa etária de 15 a 27 anos, residentes em municípios que participaram da campanha de vacinação durante esse período e que notificaram casos de dengue entre 2019 e 2020. Os resultados revelaram que, para aqueles que já haviam contraído a doença anteriormente, a redução no risco de dengue foi ainda mais significativa, atingindo impressionantes 71%.
A vacina CYD-TDV (Dengvaxia), produzida pelo laboratório Sanofi Pasteur, foi o primeiro imunizante contra a dengue aprovado no Brasil, em 2015. Ela é fabricada a partir do vírus atenuado da febre amarela, com a inserção de genes dos diferentes tipos de vírus da dengue em sua estrutura genética. No entanto, apesar de sua eficácia comprovada, a vacina ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devido às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar apenas indivíduos com soropositividade prévia para a dengue.
