No litoral leste da Costa Rica, pescadores registraram algo raro: um tubarão‑lixa com coloração laranja, uma variação pouco vista na espécie Ginglymostoma cirratum.
O achado
O animal media cerca de 2 metros. Foi capturado por Garvin Watson, proprietário de um hotel em Parismina, enquanto ele e um grupo de pescadores esportivos fotografavam o exemplar e o devolveram ao mar. As fotos permitiram à equipe científica documentar o caso antes da soltura e embasar um estudo publicado na revista Marine Biodiversity.
‘Aquele tubarão laranja brilhando com a luz do sol era algo fora do comum. Não sabíamos que seria uma descoberta mundial, reconhecida por todos os biólogos do mundo’, disse Garvin Watson.
Por que era tão diferente?
Os pesquisadores notaram que o animal apresentava sinais de xantismo — ou seja, uma predominância de pigmentos amarelados na pele — e também traços que lembravam albinismo. Ainda não há uma causa definida.
- Fatores genéticos são uma possibilidade.
- Variáveis ambientais, como temperaturas elevadas, também foram apontadas.
- Desequilíbrios hormonais podem contribuir.
‘Ficamos muito surpresos e animados quando vimos o [xantismo] nas fotos’, afirmou a autora principal, Marioxis Macías‑Cuyare.
Os cientistas destacam que essas explicações são por enquanto especulativas. Será preciso investigar em condições controladas para entender melhor as origens dessa coloração incomum.
Uma dúvida interessante é como um tubarão com cor tão brilhante conseguiu sobreviver até a fase adulta — uma coloração assim poderia prejudicar a camuflagem e afetar tanto a predação quanto a caça.
Os autores pedem estudos adicionais para identificar possíveis causas genéticas e ambientais e para saber se esse caso é isolado ou se há mais exemplares assim na região.