Tesla soltou um teaser enigmático e o mercado logo reagiu. Em um vídeo de nove segundos publicado no X apareceram só os faróis de um carro e a data 10/7 — informação que fez as ações subirem 4% na segunda-feira (6).
A expectativa é de um veículo elétrico mais barato, possivelmente uma versão de menor custo do Model Y que já havia sido adiada. A empresa disse que o novo modelo poderia reduzir o custo de produção em até 20% e atingir cerca de 250 mil unidades por ano nos Estados Unidos até 2026.
O possível lançamento vem depois de a Tesla registrar entregas recordes no terceiro trimestre, puxadas por compras feitas antes do fim do crédito fiscal de US$ 7.500 para veículos elétricos nos EUA. Ainda assim, analistas projetam uma queda anual nas entregas para aproximadamente 1,62 milhão — o que seria o segundo recuo consecutivo.
O preço final será decisivo para entender até que ponto a empresa de fato cortou custos e conseguiu reaquecer a demanda, especialmente porque a fabricante não lançava há anos um modelo de massa realmente novo. Enquanto isso, o Cybertruck teve vendas abaixo do esperado, com descontos e um recall de mais de 46 mil unidades desde seu lançamento, em novembro de 2023.
‘Algo grande’, disse Elon Musk.
No Brasil, e especialmente no estado da Bahia, o anúncio acendeu expectativas sobre possíveis efeitos em preços, políticas de incentivo e na expansão de pontos de recarga — caso o veículo confirme redução de custo e aumente a oferta global.
O que o mercado vai observar
- Preço final: será a variável-chave para medir a força da demanda.
- Capacidade de produção: se a meta de 250 mil unidades nos EUA é realista.
- Impacto nos próximos trimestres: se a novidade reverte ou acelera a tendência de vendas.
A Tesla marcou o evento para terça-feira (7) e investidores e montadoras vão acompanhar de perto o preço anunciado, a capacidade produtiva divulgada e os sinais sobre a demanda futura.