Uma combinação de eventos solares está prevista para criar auroras no Hemisfério Norte nesta noite de segunda-feira (16), segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA. A previsão indica uma tempestade geomagnética de nível G3, considerada forte em uma escala que vai de G1 a G5.
O fenômeno foi desencadeado por uma erupção solar de classe X4.5, que ocorreu no sábado (14). As erupções de classe X são as mais intensas que o Sol pode emitir. A região de manchas solares responsável pela explosão também lançou uma ejeção de massa coronal (CME), liberando bilhões de toneladas de partículas solares e campos magnéticos.
A intensidade do fenômeno foi aumentada por um buraco coronal no Sol, onde os campos magnéticos são mais fracos, permitindo que o vento solar escape com maior força. Isso resultou em uma “tempestade solar perfeita”.
Quando as partículas solares atingem a Terra, podem causar diversos efeitos. A radiação das erupções solares pode provocar apagões temporários em comunicações de rádio de alta frequência, como ocorreu no sábado. As partículas solares, que demoram mais para chegar ao planeta, interagem com o campo magnético terrestre e são direcionadas às regiões polares, onde colidem com a atmosfera, gerando auroras boreais e austrais.
O ciclo solar atual está próximo do seu pico de atividade, o que tem favorecido a formação de auroras. Para esta noite, a previsão é de um índice Kp de 7 em uma escala de 10, indicando alta atividade geomagnética. Além das auroras, as tempestades solares podem causar falhas temporárias nas comunicações de rádio e distorções nos sinais de GPS, além de afetar satélites e naves espaciais.