A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais significativo no futebol, e este fenômeno é claramente observado na UEFA EURO 2024, que está sendo realizada na Alemanha desde o mês passado. Este torneio tem sido um verdadeiro campo de testes para diversas inovações tecnológicas que visam melhorar o desempenho dos jogadores, a precisão das decisões dos árbitros e a experiência dos torcedores.
Entre as inovações mais notáveis, destacam-se as bolas de jogo equipadas com inteligência artificial e as câmaras de recuperação criogênicas. Essas tecnologias estão sendo utilizadas tanto dentro quanto fora do campo, proporcionando benefícios que vão desde a monitorização do desempenho dos atletas até a aceleração da recuperação pós-jogo. No entanto, a introdução dessas novidades também tem gerado debates sobre a preservação da essência do jogo.
A tecnologia de árbitro assistente de vídeo (VAR) continua a ser um ponto de controvérsia. Apesar de ter sido implementada para minimizar erros, ainda há quem questione suas decisões. O atacante belga Romelu Lukaku, por exemplo, teve três gols anulados por impedimentos detectados pelo VAR e por um toque de mão de um companheiro de equipe, identificado por sensores na bola.
Outra inovação que tem sido amplamente aceita é a tecnologia da linha do gol. Este sistema utiliza sete câmeras em cada gol para determinar se a bola cruzou a linha, enviando um sinal ao relógio do árbitro em apenas um segundo. Esta tecnologia tem sido crucial para resolver disputas sobre gols em situações de margem mínima.
Os jogadores também estão se beneficiando de tecnologias de uso pessoal. Atletas da seleção inglesa foram vistos utilizando anéis inteligentes para monitorar a qualidade do sono, um fator crítico para a recuperação física. O técnico Gareth Southgate destacou a importância dessa ferramenta para o bem-estar dos jogadores. Além disso, Cristiano Ronaldo tem promovido um dispositivo que monitora dados biométricos, e Kylian Mbappé utilizou uma máscara protetora personalizada após sofrer uma fratura no nariz.
As instalações das equipes também refletem o avanço tecnológico. A seleção espanhola, por exemplo, conta com uma câmara de oxigênio hiperbárico, uma câmara criogênica e uma cama de fototerapia em seu alojamento, todas destinadas a acelerar a recuperação muscular. Nico Williams, atacante da Espanha, mencionou nas redes sociais os benefícios dessas tecnologias após jogos intensos.
Harry Kane, capitão da seleção inglesa, tem utilizado botas de compressão de ar que ajudam na massagem e na circulação das pernas, demonstrando que a tecnologia está presente em todos os aspectos do cuidado com os jogadores.
A UEFA EURO 2024 tem mostrado que a tecnologia pode ser uma aliada poderosa no futebol, proporcionando avanços tanto na performance dos atletas quanto na precisão das decisões em campo. No entanto, a aceitação dessas inovações ainda é um processo em evolução, com opiniões divididas sobre o impacto no jogo tradicional.
