Submersíveis russos: uma ameaça à conexão mundial de internet?

Num mundo cada vez mais digital e conectado, um aviso recente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vem reacender um debate inusitado: poderia a internet “acabar”? Segundo a OTAN, a Rússia pode estar planejando sabotar cabos submarinos de conexão de internet. Tal ação teria implicações significativas para a vida ocidental e a economia global.

OceanGate: Uma ameaça submersa à conexão mundial

A preocupação com esta possível ameaça surgiu após um incidente envolvendo a implosão da expedição da OceanGate aos destroços do Titanic, no fundo do oceano. Desde então, a OTAN tem mantido um olhar atento aos submersíveis, especialmente aqueles de origem russa.

Os cabos submarinos são vitais para a conexão global de internet, ligando nações em uma vasta rede. David Cattler, secretário-geral para inteligência e segurança da OTAN, declarou que há “preocupações crescentes de que a Rússia possa atacar cabos submarinos e outras infraestruturas críticas para perturbar a vida ocidental, para ganhar vantagem contra as nações que estão fornecendo segurança à Ucrânia“.

A Rússia, que enfrenta oposição internacional por suas ações na Ucrânia, pode ver nesse tipo de sabotagem uma maneira de retaliar contra países que apoiam os ucranianos.

O impacto econômico: 10 trilhões de dólares em jogo diariamente

Segundo Cattler, o risco de ataques da Rússia contra essa infraestrutura crítica é “persistente e significativo”. Ele destacou que os cabos submarinos carregam cerca de 10 trilhões de dólares americanos em transações financeiras todos os dias, tornando-os um verdadeiro pivô econômico.

“Caso esses cabos sejam danificados, as implicações vão além de uma simples interrupção da internet”, explicou. “Estamos falando de uma paralisação significativa da economia global e um impacto devastador em nossa vida cotidiana.”

A OTAN está monitorando a situação e alertando seus membros para a importância de proteger essa infraestrutura crucial. O desfecho desse enredo, no entanto, ainda é incerto. Com o mundo observando, a tensão nas profundezas do oceano aumenta.

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