Para criadores em Salvador e em toda a Bahia, a história do Sora — o app de vídeos por inteligência artificial da OpenAI — chamou atenção rápida em outubro. Mesmo sendo, por enquanto, restrito a convites e disponível apenas nos Estados Unidos e no Canadá, o aplicativo viralizou num piscar de olhos.
Nos primeiros dois dias, o Sora acumulou 164.000 instalações e chegou ao topo da App Store norte-americana em 3 de outubro. Na estreia, começou em terceiro lugar entre os mais baixados e subiu aceleradamente até a primeira posição — um desempenho notável, considerando as limitações geográficas.
Comparação com outros lançamentos
No primeiro dia, o Sora teve números que lembraram lançamentos recentes de outras IAs. Para ter uma ideia, a movimentação inicial foi parecida com a de ferramentas importantes do mercado:
- ChatGPT: 81.000 (primeiro dia)
- Gemini: 80.000 (primeiro dia)
- Claude: 21.000
- Copilot: 7.000
A análise da Appfigures levou em conta apenas downloads nos Estados Unidos e no Canadá para padronizar a comparação entre apps com restrições geográficas diferentes. O resultado aponta uma demanda clara por ferramentas de vídeo geradas por IA voltadas ao público consumidor e por experiências parecidas com redes sociais.
O que isso significa para criadores na Bahia
Em termos práticos, a chegada (mesmo que ainda limitada) do Sora sinaliza oportunidades: formatos novos de conteúdo, possibilidades de alcance internacional e portas abertas para monetização quando o app se expandir. Mas também traz desafios: maior concorrência no ecossistema digital, necessidade de mais familiaridade técnica e dependência de uma boa infraestrutura de internet para produzir e publicar vídeos com qualidade.
Além do crescimento de downloads, a OpenAI também procurou parcerias com estúdios para aplicar a tecnologia em produções de entretenimento — um movimento que mostra interesse institucional em integrar IAs de criação audiovisual a mercados profissionais.
Se (e quando) o Sora for liberado ao público em geral, a base de usuários tende a crescer — e com ela as oportunidades comerciais para produtores de conteúdo, inclusive os da Bahia. Vale a pena ficar de olho e ir se preparando: novas ferramentas costumam abrir espaço para quem aprende rápido e experimenta primeiro.