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Curiosidades e Tecnologia

Satélite da ESA encerra missão de 16 anos com reentrada ardente sobre o Pacífico

Satélite da ESA, após 16 anos em órbita, reentra na atmosfera e cai no Pacífico. Incidente marca o fim de uma era na observação da Terra.

Avatar De Portal Chicosabetudo

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Satélite

No dia 21 de fevereiro de 2024, testemunhamos um evento espacial fascinante: a reentrada ardente de um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) após 16 anos de valiosos serviços prestados na órbita baixa da Terra. A artefato, conhecido como ERS-2, um satélite desativado, marcou sua despedida em um espetáculo luminoso sobre o vasto Oceano Pacífico Norte, entre o Alasca e o Havaí.

Lançado em 1995, o ERS-2 foi uma peça fundamental no quebra-cabeça da pesquisa espacial, dedicado a coletar dados essenciais sobre mudanças climáticas e monitoramento ambiental. Equipado com uma variedade de instrumentos avançados, incluindo radar de abertura sintética, altímetro de radar e sensores para medir a temperatura da superfície oceânica e ventos marítimos, o ERS-2 forneceu uma visão sem precedentes do nosso planeta.

Seu papel foi crucial não apenas na pesquisa ambiental, mas também em ações de monitoramento de desastres naturais. Suas informações ajudaram a alertar e, por muitas vezes, a auxiliar comunidades ao redor do mundo antes e após eventos como inundações e terremotos.

Após o fim de sua missão operacional em 2011, a ESA começou o meticuloso processo de preparar o ERS-2 para sua reentrada na atmosfera terrestre. Este feito foi conseguido com sucesso, e de forma controlada, o satélite retornou à Terra, evitando qualquer risco para a população. O maior fragmento esperado a sobreviver à reentrada pesava por volta de 52 kg, e as chances de atingir alguém eram mínimas, de uma em um bilhão.

Além dos avanços científicos e da melhoria da qualidade das informações sobre nosso planeta, o ERS-2 deixa um legado valioso para futuras missões espaciais. Seu desenvolvimento e operação contribuíram significativamente para o avanço da tecnologia espacial. Sistemas usados no ERS-2 inspiraram e moldaram instrumentos de missões subsequentes, como o satélite Copernicus Sentinel-1 e o sensor da missão CryoSat Earth Explorer. Estes e outros satélites que seguiram se basearam na pioneira tecnologia do ERS-2 para continuar o monitoramento ambiental do planeta e a exploração espacial.

Este memorável retorno do ERS-2 ao nosso planeta ressalta a importância da cooperação internacional na pesquisa espacial e a necessidade contínua de explorar e entender nosso mundo e além. A espetacular jornada do ERS-2 desde seu lançamento até sua reentrada chama atenção para a capacidade humana de ultrapassar fronteiras, descobrir novas fronteiras e, mais importante, utilizar esse conhecimento para melhorar a vida na Terra.

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