Você busca sempre a excelência no trabalho ou nos estudos. Não gosta de pedir ajuda e faz questão de se destacar. Aparentemente, tudo isso parece vir sem grande esforço, algo natural para quem observa de fora.
Por dentro, contudo, a realidade pode ser bem diferente. Uma verdadeira panela de pressão pode estar se formando, cheia de stress, ansiedade, auto-cobrança e esgotamento. Já se sentiu assim?
Se essa descrição faz sentido para você, talvez esteja vivendo o que especialistas chamam de síndrome do pato flutuante. É um distúrbio mental pouco conhecido, mas que pode ser mais comum do que imaginamos.
Entenda a síndrome
- O termo foi criado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
- Eles se inspiraram na forma como um pato nada na água.
- Visto de cima, o pato parece deslizar calmamente, sem esforço aparente.
- Por baixo da superfície, porém, suas patas se movem freneticamente em um esforço constante para mantê-lo flutuando.
- A síndrome ilustra justamente esse contraste: a calma aparente por fora e a agitação interna para dar conta de tudo.
Embora o problema não seja novo, ele tem se tornado mais frequente com a rotina acelerada de hoje. Conciliar estudos, trabalho, família, amigos e lazer pode ser desafiador.
Muitas vezes, mesmo sem conseguir dar conta de tudo, mantemos a aparência de que está tudo bem. Quando Stanford deu um nome a essa dinâmica, muitas pessoas se identificaram com o quadro.
Como buscar apoio
A principal recomendação é sempre procurar ajuda profissional. Buscar ser o número 1 não é um problema, mas é essencial reconhecer nossos limites para evitar sobrecarga.
Especialistas de Stanford indicam que a síndrome do pato flutuante pode afetar significativamente a saúde mental. Ela pode levar ao esgotamento emocional, aumentar a ansiedade e, em alguns casos, resultar em depressão.
É importante lembrar que a saúde, incluindo a mental, é um direito de todos, conforme destacado pelo próprio governo federal no Brasil.
Se você precisa de ajuda, pode buscar atendimento tanto na rede privada quanto no sistema público. No sistema público, a Rede de Atenção Psicossocial oferece suporte através da Atenção Primária à Saúde (APS) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Informações adicionais sobre como acessar essa rede de cuidado estão disponíveis no site do Ministério da Saúde.
Este texto foi baseado em uma reportagem publicada pelo portal Olhar Digital em 25 de maio de 2024.