O setor de robôs humanoides está crescendo rapidamente na China. Você deve se lembrar do evento recente em Pequim que colocou máquinas e pessoas lado a lado em uma meia-maratona, mostrando um pouco do que esses robôs já são capazes de fazer. Foi uma demonstração interessante das habilidades das máquinas.
Mas com essa expansão toda, surge uma dúvida: os robôs humanoides vão tomar nossos empregos? Segundo Liang Liang, vice-diretor da Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico do governo chinês, a resposta é não. Ele não acredita que haverá substituição em massa de trabalhadores humanos, nem desemprego causado pelos robôs.
O papel dos robôs no futuro do trabalho
Liang, que falou sobre o tema na sede da X-Humanoid em Pequim, empresa por trás do robô Tiangong Ultra, vê as máquinas como parceiras. Para ele, os robôs vão continuar o trabalho quando os humanos precisarem descansar, aumentando a agilidade da produção e até ajudando a baratear produtos. Além disso, podem atuar em locais perigosos ou inacessíveis para nós, como no fundo do mar ou no espaço.
Pensando nisso, a meia-maratona mista do mês passado foi, na visão de Liang, uma forma de mostrar essa cooperação. Robôs e humanos correram em pistas separadas. O objetivo era destacar como as máquinas podem apoiar os funcionários, e não competir diretamente com eles. “O futuro também será assim”, comentou Liang, reforçando a ideia de colaboração.
China em destaque na robótica global
E para quem quer ver mais de perto esses avanços, a China será palco de grandes eventos. Pequim vai sediar a Conferência Mundial de Robôs de 2025, de 8 a 12 de agosto, apresentando o que há de novo na robótica. Na semana seguinte, entre 15 e 17 de agosto, acontecem os primeiros Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, também na capital chinesa, colocando essas máquinas em diferentes disputas.