Pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia anunciaram um avanço significativo no desenvolvimento do robô humanoide iRonCub3, equipado com um sistema de propulsão a jato. Após quase dez meses desde a apresentação inicial do projeto, o protótipo conseguiu realizar seu primeiro voo estável, um marco na engenharia robótica.
O iRonCub3, que se assemelha a uma versão robótica do Homem de Ferro, utiliza uma mochila a jato combinada com dois propulsores nas mãos, totalizando quatro jatos. O desafio de coordenar esses propulsores para manter o equilíbrio no ar é complexo, e o sucesso do voo, embora de curta duração, demonstra a eficácia dos sistemas de controle.
Tecnologia e Design
O robô incorpora alta tecnologia em sua construção. Ele possui diversas partes em titânio e revestimentos especiais para suportar temperaturas extremas, uma vez que seus quatro propulsores podem atingir quase 800º Celsius. Com menos de um metro de altura e pesando cerca de 70 quilos com os jatos, o iRonCub3 é projetado para ser compacto e robusto.
Para o voo, o robô gera um empuxo vertical de aproximadamente 1.000 Newtons. A capacidade de controlar os movimentos de forma autônoma é facilitada por sistemas de voo que utilizam Inteligência Artificial. Sensores a bordo, como uma unidade de medição inercial, sensores de força-torque e uma câmera de profundidade RealSense, garantem que o robô possa operar em ambientes desafiadores.
Futuro em Operações de Resgate
O objetivo principal por trás do desenvolvimento do iRonCub3 é a sua aplicação em operações de resgate e emergência. A ideia é que o robô possa voar para locais de desastre, como edifícios em risco de desabamento ou áreas de incêndios florestais, para realizar inspeções aéreas e coletar dados cruciais para as equipes em terra.
Além da capacidade de voo, o projeto prevê que o iRonCub3 seja capaz de pousar, caminhar, superar obstáculos e até mesmo abrir portas. Essa versatilidade visa proteger vidas humanas ao permitir que o robô explore áreas perigosas, reduzindo os riscos para bombeiros e outros profissionais de resgate. Apesar do tempo necessário para esses avanços, os cientistas italianos mantêm o foco no projeto, reconhecendo seu potencial de utilidade pública.