Quando pensamos em rios conhecidos, logo vêm à mente o Nilo, o Amazonas ou o Yangtzé. Eles são gigantes em extensão ou volume, mas nem sempre os maiores são os mais antigos. Afinal, qual rio leva o título de mais velho do planeta?
Para muitos especialistas, a resposta está na Austrália Central: o rio Finke. Também conhecido pelo nome aborígene Larapinta, este rio tem uma história impressionante que remonta a cerca de 350 a 400 milhões de anos. Isso o torna mais antigo do que a maioria das paisagens que vemos hoje.
Como os cientistas descobrem a idade de um rio?
Descobrir a idade exata de um rio não é simples. Rios mudam bastante com o tempo, moldados por milhões de anos de erosão e processos geológicos. Eles podem desviar o curso, aprofundar vales e modificar suas curvas.
Para estimar há quanto tempo um rio existe, geólogos analisam pistas na própria paisagem. Eles estudam o tipo de rocha no leito do rio, a profundidade dos desfiladeiros, os sinais de erosão antiga e o padrão dos meandros, entre outros detalhes.
No caso do Finke, a geologia fala alto. As evidências mostram que ele já corria pela região antes mesmo da Cordilheira MacDonnell existir. Enquanto muitos rios mais “novos” têm apenas algumas dezenas de milhares de anos, o Finke é, geologicamente falando, um verdadeiro fóssil.
Outros rios muito antigos
Claro, o Finke não está sozinho na lista de rios com idade avançada. Outros candidatos fortes incluem o New River, nos Estados Unidos, com cerca de 300 milhões de anos, e o Meuse, na Europa, com aproximadamente 320 milhões de anos.
No entanto, poucos rios mantiveram seu curso e trajetória de forma tão contínua e por tanto tempo quanto o Finke. É por isso que ele é amplamente aceito como o rio mais provável a carregar o título de mais antigo do mundo.
Mais do que apenas uma curiosidade, estudar esses rios milenares nos ensina muito sobre a própria Terra. Analisar suas formações ajuda os cientistas a entender melhor a evolução do planeta, os ciclos da água e até a origem de diferentes ecossistemas.