Um método amplamente difundido que propõe o uso de repelente de insetos para a limpeza de faróis e vidros automotivos não é recomendado por especialistas. Apesar de uma aparente melhora visual, a aplicação desses produtos pode comprometer seriamente a integridade de diversas partes do veículo, incluindo plásticos e a própria pintura.
A substância presente na maioria dos repelentes, o DEET (dietil-meta-toluamida), conhecido por suas propriedades solventes, pode reagir negativamente ao entrar em contato com o plástico. Essa interação pode levar ao amolecimento e até à dissolução da camada superficial dos componentes, um problema mais acentuado em carros mais antigos.
Impactos em componentes do veículo
Nos automóveis fabricados mais recentemente, a aplicação, embora possível com extrema cautela, ainda apresenta riscos. A exposição do carro à luz solar após a aplicação da substância, mesmo com um pano macio, pode acelerar o processo de danificação dos faróis. Um dos efeitos diretos da dissolução plástica é a transformação da superfície em uma área pegajosa e maleável, que pode eventualmente retornar a um estado opaco, perdendo o brilho inicial da suposta limpeza.
Risco à pintura do carro
Além dos plásticos, um descuido durante a aplicação do repelente nos vidros ou faróis pode resultar no contato do produto com a lataria do veículo. Caso isso ocorra, a pintura pode ser danificada, exigindo reparos em uma funilaria especializada. Para a limpeza dos vidros, não há comprovação de danos diretos, mas a precaução é indicada para evitar o contato com outras partes sensíveis.
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