Autoridades e especialistas em segurança digital orientaram consumidores, varejistas e prestadores de serviços na Bahia sobre como se proteger contra ataques de phishing por e-mail — golpes usados para roubo de dados, acesso indevido a contas e até controle de dispositivos.
Como os golpes agem
Os criminosos passaram a imitar comunicações legítimas: copiam logotipos, tom de voz e formatos de empresas conhecidas para fazer o e-mail parecer confiável. A técnica de engenharia social explora emoções como urgência, medo e ganância, tornando a mensagem mais persuasiva. É como uma máscara bem feita — por fora parece real, por dentro é uma armadilha.
Entre as estratégias mais comuns estiveram o spoofing (remetente falso e páginas de login clonadas), links e anexos maliciosos disfarçados de notas fiscais, documentos ou imagens, assuntos que pressionam o destinatário a agir rapidamente, falsificação de identidade (remetentes que parecem colegas ou fornecedores) e golpes aproveitando temas de crise.
O que fazer na prática
Quer uma regra simples? Desconfiar de mensagens inesperadas e confirmar sempre antes de agir. Para facilitar, seguem orientações claras para usuários e para empresas:
- Dicas para consumidores: confira o endereço completo do remetente; não clique em links suspeitos (digite o endereço no navegador se tiver dúvida); passe o mouse sobre links para ver o destino real; não abra anexos de remetentes desconhecidos; mantenha antivírus e filtros antiphishing atualizados; e ative a autenticação em dois fatores sempre que possível.
- Dicas para comércio e serviços: implemente autenticações técnicas como SPF, DKIM e DMARC (protocolos que ajudam a verificar se um e-mail realmente veio de quem diz vir); treine equipes para identificar mensagens suspeitas; confirme solicitações de pagamento ou dados por canais alternativos; restrinja permissões administrativas nos sistemas; e valide notas fiscais e comprovantes em plataformas oficiais antes de pagar.
- Medida técnica prática: use antivírus com monitoramento em tempo real e filtros de e-mail específicos para reduzir a chance de mensagens maliciosas chegarem às caixas de entrada.
Por fim, as fontes consultadas recomendaram intensificar campanhas de orientação ao público e ampliar o treinamento das equipes de atendimento em todo o estado, além de expandir o uso de ferramentas de filtragem e autenticação para diminuir a eficácia das fraudes por e-mail.