O cenário do direito digital no Brasil e no exterior apresenta múltiplos desafios, desde fraudes online crescentes até investigações internacionais sobre sistemas de pagamento e complexas disputas judiciais de grandes corporações. Novas informações detalham a prevalência de golpes no país, a apuração envolvendo o Pix nos Estados Unidos, um acordo bilionário da Meta, e os esforços para rastrear valores desviados em um recente ataque cibernético.
Golpes online em ascensão
Uma análise recente, conduzida pela plataforma de denúncias SOS Golpe em parceria com a fintech CloudWalk (responsável pela InfinitePay), revelou que o crime de “loja online falsa” constitui a fraude digital mais frequente no Brasil. Este tipo de golpe se disseminou e predominou na maioria das unidades federativas brasileiras. As investigações indicam que as táticas empregadas pelos criminosos são frequentemente sofisticadas e bem estruturadas, exigindo atenção redobrada dos usuários.
Pix sob investigação americana
O sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, o Pix, tornou-se alvo de uma investigação comercial conduzida pela Casa Branca, nos Estados Unidos. O inquérito surge em um contexto de atritos econômicos recentes entre as nações, que inclui o anúncio de taxas aduaneiras de 50% por parte do ex-presidente norte-americano Donald Trump contra o Brasil e a promessa de retaliação comercial brasileira. Os Estados Unidos alegam irregularidades contra a tecnologia de pagamentos brasileira.
Meta e acordo de bilhões
A Meta, empresa controladora de plataformas como Facebook e Instagram, finalizou um processo judicial de grande repercussão com um acordo. O caso envolvia acionistas que moveram uma ação contra o CEO Mark Zuckerberg e outros membros da liderança da companhia. A acusação principal era a suposta violação de um termo de conciliação previamente estabelecido, derivado do escândalo de privacidade envolvendo a consultoria Cambridge Analytica. O julgamento teve início na última quarta-feira e foi concluído com o acordo na quinta-feira.
Ataque hacker e criptomoedas
Atualizações sobre o ataque hacker ocorrido no início deste mês indicam que os valores financeiros subtraídos foram convertidos em criptomoedas. O incidente teve como vítima a empresa C&M Software, especializada em tecnologia para conexão de instituições de pagamento. A conversão do dinheiro para ativos digitais adiciona uma camada de complexidade ao processo de recuperação dos fundos e à identificação de todos os indivíduos envolvidos na ação criminosa.