Albinen, um vilarejo alpino no cantão de Valais, na Suíça, oferece incentivos financeiros a quem decidir se mudar para lá e permanecer por pelo menos 10 anos. O programa busca conter o esvaziamento populacional e revitalizar a economia local, tema que voltou a circular nas redes sociais com cifras convertidas em reais e menções ao “país mais feliz do mundo”.
Pelos termos da iniciativa, os pagamentos são definidos em francos suíços: cerca de 25 mil por adulto (50 mil por casal) e 10 mil adicionais por criança. Em contrapartida, os beneficiários precisam comprovar residência principal no vilarejo, cumprir o período mínimo de 10 anos e investir ao menos 200 mil francos na compra, construção ou reforma de um imóvel na localidade.
As regras incluem critérios de elegibilidade: idade máxima de 45 anos, comprovação de financiamento do imóvel e situação migratória regular na Suíça — via de regra, cidadania suíça ou permissão de residência permanente (autorização C). Em caso de descumprimento das condições, os valores devem ser devolvidos. A comuna também estabeleceu um fundo anual limitado para custear a política, projetando atrair um número restrito de famílias ao longo dos anos.
Albinen enfrenta, há décadas, perda de habitantes e envelhecimento demográfico. A escola local chegou a fechar por falta de alunos, e muitas casas passaram a ser usadas como residências de fim de semana. Ao atrelar incentivo a investimento e tempo de permanência, a política procura repor moradores, manter serviços e dinamizar a economia local.
Relatos oficiais indicam que o programa atraiu grande atenção de interessados dentro e fora da Suíça, mas a maior parte não atende aos requisitos. Casos aprovados envolvem famílias que compraram imóveis na vila e assumiram o compromisso de longo prazo de residir na comunidade. Segundo a imprensa pública suíça, a comuna limita o número de beneficiários e prioriza perfis que se estabeleçam de forma estável.
O vilarejo está a cerca de 1.300 metros de altitude e mantém conexão com cidades próximas, mas a vida cotidiana implica adaptação a serviços limitados e deslocamentos. O custo de vida suíço, superior à média europeia, é outro fator de decisão para interessados. Os pagamentos mencionados nas redes sociais costumam aparecer convertidos em reais, o que pode variar conforme câmbio; os valores oficiais do programa são fixados em francos suíços.
No contexto de rankings internacionais de felicidade, a Suíça aparece frequentemente entre os países com melhores resultados, embora o primeiro lugar tenha variado ao longo dos anos.

