A regressão dos sintomas da doença de Alzheimer pode ser possível por meio de alterações substanciais no estilo de vida. Essa foi a conclusão de um estudo recente que fez parte de um ensaio clínico nos Estados Unidos que explorou os efeitos de mudanças nos hábitos cotidianos sobre o comprometimento cognitivo leve ou a demência precoce associada ao Alzheimer.
Dois pacientes diagnosticados com a condição foram submetidos a uma abordagem mais saudável, incluindo exercícios regulares, dieta mediterrânea rica em antioxidantes e melhores padrões de sono. Surpreendentemente, ambos experimentaram uma regressão substancial dos sintomas, embora os resultados completos do estudo ainda não tenham sido publicados oficialmente.
O caso da dupla, Cici Zerbe e Simon Nicholls, destaca a conexão entre estilo de vida e a progressão do Alzheimer. Fatores de risco associados à doença, como doenças cardiovasculares, podem ser mitigados por hábitos saudáveis, impedindo assim que a condição se agrave rapidamente.
A dieta como aliada contra o Alzheimer
Nicholls, um dos participantes do estudo, eliminou açúcar, álcool e alimentos processados de sua dieta, optando pela dieta mediterrânea. Essa abordagem nutricional, rica em antioxidantes que protegem as células cerebrais contra danos, demonstrou reduzir o risco de demência em 23% em outros estudos.
O impacto do sono e do exercício físico
Além da alimentação saudável, a melhoria nos padrões de sono desempenhou um papel crucial. Dormir adequadamente pode ajudar a eliminar proteínas tóxicas do cérebro, um fator essencial no combate ao Alzheimer. Nicholls também adotou uma rotina de exercícios regulares, o que resultou na melhoria da saúde cardiovascular e, consequentemente, na regressão dos sintomas da doença.
Embora os resultados dessa dupla sejam promissores, é importante ressaltar que se baseiam em casos individuais e mais pesquisas são necessárias para confirmar a eficácia das mudanças no estilo de vida na reversão da progressão do Alzheimer.
