Operação Antifraude da Neoenergia Coelba revela milhares de ligações clandestinas em estabelecimentos comerciais na Bahia

Uma ampla operação da Neoenergia Coelba, distribuidora de energia elétrica da Bahia, revelou a existência de mais de 5.000 ligações clandestinas em estabelecimentos comerciais por todo o estado. As descobertas, que ocorreram nos primeiros nove meses de 2023, expõem uma prática criminosa preocupante e ressaltam a importância das medidas de segurança e justiça no setor energético.

Detecção e impacto

Desde o início do ano, a Neoenergia Coelba intensificou o monitoramento e inspeções em estabelecimentos comerciais, como mercadinhos, açougues e padarias, resultando na identificação e remoção de 5.433 ligações clandestinas. Este esforço recuperou aproximadamente 40 milhões de quilowatt-hora de energia, o suficiente para abastecer cerca de 34.700 residências ou mesmo o município de Camaçari por um mês.

Tecnologia e inteligência na fiscalização

Para efetuar as detecções, a empresa utilizou um avançado sistema de monitoramento, que incluiu o acompanhamento do consumo de energia em tempo real. Mais de 16 mil inspeções foram realizadas em toda a Bahia, demonstrando a amplitude e a seriedade das operações.

Segurança e concorrência leal

As ações da Neoenergia Coelba não visam apenas a recuperação do consumo de energia, mas também a garantia de segurança e a promoção de uma concorrência justa entre os comerciantes. O furto de energia cria desigualdades no mercado e representa um risco significativo para a segurança pública.

Legalidade e consequências

De acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, o furto de energia é considerado crime, com penas que podem chegar a oito anos de reclusão. Ao longo do ano, a Neoenergia Coelba realizou 96 operações com apoio policial, e os responsáveis pelas unidades comerciais flagradas com ligações clandestinas serão submetidos a inquéritos policiais.

Riscos para a população

As ligações clandestinas, muitas vezes realizadas por indivíduos não qualificados, representam um perigo iminente à população. Além de não seguirem as normas técnicas de segurança, essas práticas ilegais sobrecarregam a rede elétrica, afetando a qualidade e a continuidade do fornecimento de energia.