A Organização das Nações Unidas (ONU) tomou um passo significativo nesta quinta-feira ao aprovar, por unanimidade, a primeira resolução global voltada para a inteligência artificial (IA) e a proteção de dados. Este movimento marca um esforço importante para monitorar os avanços tecnológicos e os riscos que eles podem trazer.
Existe uma preocupação crescente de que a IA possa ser mal utilizada, inclusive como ferramenta para influenciar eleições e cometer fraudes. A resolução aponta que o uso errado ou mal-intencionado da IA pode colocar em risco os direitos humanos e as liberdades fundamentais, destacando a importância de um controle rigoroso.
Em resposta a esses riscos, os Estados Unidos e o Reino Unido tomaram a frente no ano passado, criando o primeiro acordo internacional focado em proteger a IA contra o uso por parte de cibercriminosos. Isso levou a uma pressão maior sobre as grandes empresas de tecnologia para aumentar a segurança de seus sistemas.
A companhia de tecnologia Microsoft revelou que hackers de diversas origens, como Rússia, Coreia do Norte, Irã e China, estão utilizando ferramentas avançadas de IA, como o ChatGPT, para identificar alvos e criar estratégias de manipulação.
A União Europeia também não ficou para trás, chegando a um acordo neste mês para supervisionar o uso da IA. O bloco está na vanguarda da adoção de regulamentações para o uso da inteligência artificial, marcando um passo pioneiro na direção de uma governança tecnológica mais segura e responsável.