Imagine acompanhar a saúde sem precisar ir ao médico para cada teste. Graças a um sensor caseiro inovador, isso está se tornando realidade. Criado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), com o apoio da FAPESP, esse dispositivo é uma verdadeira revolução.
Publicado na revista Chemical Engineering Journal, o estudo mostra como o sensor pode ser uma ferramenta poderosa na deteção de doenças como câncer, gota e Parkinson. O segredo? Ele mede biomarcadores na urina, como o ácido úrico e a dopamina, diretamente através do seu celular.
O ácido úrico, por exemplo, é chave para identificar problemas de saúde variados, desde a disfunção renal até o risco elevado de diabetes tipo 2. Já a dopamina, nosso neurotransmissor da felicidade, em níveis irregulares, pode sinalizar questões sérias, como doenças neurológicas e psiquiátricas.
O mais impressionante é que esse autoteste mostrou uma eficácia comparável com métodos tradicionais de laboratório, mas com a comodidade de ser realizado em casa.
Mais que um Sensor
Além da função incrível de monitorar a saúde, o sensor traz benefícios para o meio ambiente. Diferente dos dispositivos comuns, que são feitos de plástico, ele é feito de filmes biodegradáveis de poliácido lático (PLA). Esse material não somente é bom para a natureza, mas também já está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para aplicações biomédicas.
O PLA vem de recursos naturais e pode ser reciclado. Escolher esse material faz parte de um esforço para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.
Este sensor não é apenas um dispositivo tecnológico avançado para monitoramento da saúde; ele também reflete um compromisso com um futuro mais sustentável. É a ciência e a tecnologia trabalhando juntas por um mundo melhor.