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Curiosidades e Tecnologia

Nova vacina combate múltiplas variantes com técnica de RNA

Nova técnica de vacina usando RNAi mostra promessa contra mutações virais em estudo com camundongos.

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Vacina

Combater vírus é um desafio constante para a ciência, principalmente porque eles podem mudar rapidamente. Isso torna algumas vacinas menos eficazes ao longo do tempo. No entanto, pesquisadores descobriram uma maneira inovadora de enfrentar esse problema: uma nova técnica de vacinação baseada em RNA.

A nova estratégia foi estudada em camundongos, conforme divulgado na prestigiosa Proceedings of the National Academy of Sciences. Essa abordagem se diferencia bastante das vacinas tradicionais. Em vez de enfraquecer o vírus para estimular o sistema imunológico, esta técnica utiliza o sistema de interferência de RNA (RNAi). Este sistema atua diretamente no genoma viral, usando milhares de pequenos RNAs para impedir que o vírus escape da resposta imune.

Como funciona isso na prática? Os pesquisadores utilizaram essa nova técnica contra o vírus Nodamura em camundongos que eram geneticamente modificados para não possuir células imunológicas B e T. O resultado foi surpreendente: uma única injeção garantiu proteção contra o vírus por três meses. Considerando a vida curta dos camundongos, isso é um período significativo. Além disso, a vacina se mostrou eficaz até mesmo em camundongos recém-nascidos, abrindo caminho para vacinação em bebês e crianças.

O objetivo futuro é ambicioso: desenvolver uma vacina contra a gripe, utilizando a técnica de RNAi, em forma de spray nasal. Isso poderia oferecer proteção às crianças sem depender de anticorpos maternos. Apesar de algumas controvérsias na comunidade científica, o potencial para adaptar essa tecnologia para combater outros vírus, incluindo dengue, SARS e COVID-19, tem gerado otimismo entre os pesquisadores.

Em resumo, essa descoberta abre novos caminhos para o desenvolvimento de vacinas, mostrando um método que pode ser capaz de oferecer proteção contra inúmeras variantes virais. Com resultados promissores em camundongos, os cientistas agora olham para o futuro, esperando adaptar essa técnica para outras doenças e, possivelmente, mudar a forma como as vacinas são feitas.

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