A NASA está inovando na construção de habitats espaciais ao utilizar materiais derivados de fungos. A agência espacial americana está desenvolvendo estruturas feitas de micélio, uma parte vegetativa dos fungos, que tem a capacidade de crescer, se autorreplicar e se regenerar, oferecendo uma alternativa mais leve e sustentável para as missões espaciais.
O projeto começou com testes de crescimento de fungos em diferentes substratos alimentares, tanto para uso na Terra quanto em Marte. Na segunda fase, os pesquisadores criaram um sistema de produção de infláveis e protótipos, testando-os em simuladores planetários. A equipe também experimentou combinações de fungos, algas e bactérias para otimizar a produção dos materiais.
Além disso, foram desenvolvidos protótipos de silicone e uma cúpula de micélio de 4×4 metros, que passaram por testes em condições simuladas de ambientes extraterrestres. Esses testes mostraram que os materiais são resistentes a danos causados pela radiação UV.
Inicialmente focado em Marte, o projeto expandiu para a Lua, em apoio ao programa Ártemis. A próxima fase inclui testar esses materiais na órbita terrestre baixa e na superfície lunar. A equipe pretende desenvolver protótipos para a estação espacial Starlab e testar habitats na Lua através de uma missão CLPS (Commercial Lunar Payload Services), uma iniciativa da NASA para utilizar serviços comerciais no transporte de cargas científicas e tecnológicas para a superfície lunar.
Se bem-sucedidos, esses biocompósitos fúngicos poderão fornecer à NASA materiais mais econômicos, rápidos, flexíveis, leves e sustentáveis para futuras missões espaciais de longa duração, além de móveis e outras estruturas necessárias tanto em voo quanto no destino.
