Microsoft acusa China de usar IA para manipular eleições nos EUA

China é acusada pela Microsoft de usar IA e redes sociais para influenciar eleições nos EUA, visando semear divisão.

China

A gigante da tecnologia, Microsoft, lançou recentemente uma bomba de informação: o governo da China está, supostamente, utilizando as redes sociais e a geração de conteúdo por inteligência artificial (IA) para influenciar as opiniões dos eleitores norte-americanos. O objetivo? Tentar direcionar os resultados das eleições presidenciais dos EUA a seu favor.

Segundo a Microsoft, essa estratégia de Pequim visa criar divisões entre a população, atuando diretamente na forma como os americanos veem e discutem temas quentes, tais como imigração e o combate ao tráfico de drogas. Clint Watts, que está à frente do Centro de Análise de Ameaças da Microsoft, revelou que contas fictícias, diretamente ligadas ao governo chinês, estavam ativas em várias plataformas de mídia social, disseminando informações sobre uma variedade de questões polêmicas.

Além de promover temas divisivos, o relatório acusa a China de tentar manchar a imagem dos EUA por meio de teorias da conspiração. Exemplos incluem alegações infundadas que conectam a Casa Branca a incêndios florestais no Havaí e a um descarrilamento de trem no Kentucky.

A utilização de IA pela China também foi mencionada pela Microsoft. Esta tecnologia estaria ajudando na criação de conteúdo falso, embora o relatório aponte que as consequências dessas ações ainda não são totalmente claras. Curiosamente, o documento também notou que a inteligência artificial ajudou a intensificar a indignação sobre o Japão descartando águas residuais nucleares, numa operação aparente para influenciar não apenas as eleições norte-americanas, mas também a presidencial de Taiwan, que ocorreu em janeiro deste ano.

O caso revelado pela Microsoft destaca o poder das novas tecnologias e das mídias sociais quando utilizadas para fins políticos, especialmente em um cenário altamente globalizado e interconectado. É um lembrete da constante necessidade de vigilância diante dos avanços da tecnologia e de como eles podem ser usados para influenciar não somente a opinião pública, mas também o resultado de eleições cruciais ao redor do mundo.