Uma descoberta alarmante foi feita por pesquisadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos. Eles encontraram níveis elevados de microplásticos no tecido testicular de humanos. Essa presença pode ter implicações sérias na saúde reprodutiva dos homens.
Como foi feita a descoberta?
Os cientistas mediram a quantidade de microplásticos e descobriram que a concentração nos humanos atinge 329,44 microgramas por grama de tecido. Isso é significativamente maior em comparação às concentrações encontradas em outros estudos, inclusive em animais como os cães, que apresentaram 122,63 microgramas.
O polímero mais comum encontrado foi o polietileno (PE), que é usado na fabricação de produtos como sacolas e garrafas plásticas. Outros materiais, como o PVC, também foram detectados, principalmente em tecidos de cães. O PVC é normalmente utilizado em encanamentos e outros produtos industriais e domésticos.
Origem e preocupações futuras
Os microplásticos surgem quando os plásticos se degradam devido à exposição à radiação ultravioleta e depois se espalham pelo ambiente. A média de idade dos homens analisados em estudio é de 35 anos, idade que geralmente tem menor exposição plástica. Isso sugere que as gerações mais jovens podem enfrentar ainda mais riscos.
Este achado preocupa os estudiosos que agora buscam compreender como essas partículas afetam exatamente a produção de espermatozoides e quais podem ser os efeitos a longo prazo. Há uma urgência crescente em entender melhor esses impactos para promover a conscientização e incentivar mudanças de comportamento que reduzam a exposição aos plásticos.
A pesquisa é um primeiro passo importante na exploração de como os microplásticos podem estar contribuindo para o declínio da fertilidade masculina e ressalta a necessidade de mais estudos nesta área crítica.