O Connect 2025 da Meta aconteceu na noite de quarta-feira, 17, com transmissão aberta ao público pela internet a partir das 21h (horário de Brasília). O evento foi conduzido por Mark Zuckerberg e trouxe anúncios focados em óculos inteligentes, inteligência artificial e realidade virtual.
O grande destaque
O que mais chamou atenção foram os óculos identificados pelo codinome Hypernova, possivelmente comercializados como Celeste. A ideia não era mostrar um visor de realidade aumentada completo, mas sim um pequeno display na lente direita para informações rápidas — hora, previsão do tempo, notificações e até legendas de conversas. Imagina ter isso ao alcance do olhar, sem precisar abrir o celular?
O sistema também foi descrito como integrado a uma pulseira de eletromiografia de superfície (sEMG), capaz de captar sinais elétricos do antebraço e transformá-los em comandos por gestos sutis — um jeito discreto de controlar funções sem tocar na armação.
Outras novidades em óculos
A Meta preparou atualizações para as linhas em parceria com Ray-Ban e Oakley. A colaboração com a Ray-Ban, já conhecida por vender milhões de unidades, segue central na estratégia, com novas gerações previstas para 2026 pela EssilorLuxottica. Protótipos chamados Aperol e Bellini foram citados como capazes de ampliar recursos via reconhecimento facial e processos contínuos de IA. Já a linha esportiva Sphaera, da Oakley, mira atletas e ciclistas, com câmera central e lentes mais amplas.
Realidade virtual
Na área de realidade virtual, a família Quest continuou em destaque. Depois do lançamento do Quest 3S, não havia expectativa de um Quest 4 em 2025. Fontes relataram que a Meta trabalha em um headset ultraleve para 2026, que deslocaria parte do processamento para um dispositivo externo rodando Horizon OS. Também surgiram rumores de uma versão com a marca ASUS ROG voltada ao público gamer, e menções a parcerias com Lenovo e Asus para modelos com rastreamento ocular e facial.
IA e laboratórios
Este Connect foi o primeiro após a criação do Meta Superintelligence Labs, dedicado a sistemas avançados de IA, e executivos do laboratório chegaram a ser citados entre os possíveis apresentadores. O braço Reality Labs também teve papel importante, com foco em bots de IA que entendem mais idiomas e em enriquecer a imersão nos ambientes virtuais. A estratégia parece ser inserir IA contextual em óculos e outros dispositivos vestíveis para torná-los mais úteis no dia a dia.
A apresentação principal teve transmissão gratuita no site oficial da Meta mediante cadastro, e o keynote também ficou disponível na página Meta for Developers no Facebook e no Horizon, acessível por headsets Quest. O discurso de abertura de Zuckerberg teve previsão de cerca de uma hora.
No dia seguinte, quinta-feira, 18, a programação seguiu voltada a desenvolvedores, com sessões sobre novos usos dos dispositivos e uma conversa entre Michael Abrash e Richard Newcombe, cientistas do Reality Labs, sobre o futuro dos óculos com IA contextual e o papel da Meta nessa transição tecnológica.
Em resumo: o Connect 2025 serviu para reafirmar a aposta da Meta em dispositivos vestíveis potenciados por IA, com protótipos e parcerias que devem se desenvolver nos próximos anos.