O Meta anunciou que ampliou o sistema de Notas da Comunidade. A mudança permite que qualquer pessoa avalie se uma nota foi útil e solicite nova análise em publicações que pareçam imprecisas ou sem contexto, segundo Guy Rosen, diretor de Segurança da Informação, no X.
O que mudou
Em abril, as Notas da Comunidade já tinham substituído o antigo programa de checagem de fatos, e até então apenas colaboradores inscritos podiam escrever notas. No novo teste, a participação ficou mais aberta: qualquer usuário pode interagir com o sistema.
As principais alterações incluem:
- possibilidade de avaliar uma nota com uma classificação simples, como ‘curtir’ ou ‘não curtir’;
- opção de solicitar a redação de uma nova nota quando a atual parecer incorreta ou insuficiente;
- envio de notificações para usuários que interagiram com publicações que receberam uma Nota da Comunidade, como forma de alertá-los sobre conteúdo potencialmente enganoso.
A empresa disse que essas notificações devem ser aplicadas de forma restrita, para não sobrecarregar os usuários.
Dados e críticas
Segundo o anúncio, mais de 70 mil colaboradores já haviam escrito notas, mas apenas 6% dessas contribuições foram publicadas até o momento.
Críticos reconhecem que a expansão dá mais voz aos usuários, mas alertam que isso pode não ser suficiente para conter a desinformação. Testes semelhantes em outras plataformas, como o X, apontaram impacto limitado na redução de conteúdo enganoso.
No X, a adoção de inteligência artificial nas notas da comunidade gerou polêmica: especialistas temem que delegar parte da verificação a sistemas automatizados possa acabar promovendo informações falsas ou teorias da conspiração.
O que vem a seguir
A iniciativa reacendeu o debate sobre a eficácia de modelos participativos em comparação com programas tradicionais de verificação de fatos e sobre os limites do uso de automação na moderação de conteúdo. Será que essa mistura de participação pública e tecnologia vai funcionar melhor do que as abordagens anteriores? A discussão segue em aberto.