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Médico australiano supera glioblastoma após tratamento inovador

Patologista vence glioblastoma com terapia de pesquisa própria e se mantém saudável um ano após tratamento.

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Glioblastoma

O patologista australiano Richard Scolyer, conhecido por suas contribuições em pesquisa sobre melanoma, enfrentou um diagnóstico de glioblastoma, um tipo particularmente agressivo de câncer cerebral. Contra todas as expectativas, ele comemora um ano sem sinais de câncer após se submeter a um tratamento experimental inspirado em sua própria pesquisa.

O tratamento e seus desafios

Essa terapia experimental oferecia um prognóstico inicialmente sombrio, com expectativa de vida inferior a um ano para esse subtipo de glioblastoma. No entanto, os resultados até agora foram surpreendentemente positivos. Scolyer, com 57 anos, enfrentou vários desafios de saúde durante os primeiros meses, incluindo convulsões epilépticas, problemas no fígado e pneumonia. Apesar disso, ele se mantém ativo e saudável, praticando corrida de 15 km diariamente.

Estou me sentindo melhor do que nunca,” reportou Scolyer à BBC News, feliz por ter mais tempo para desfrutar ao lado de sua esposa Katie e seus três filhos.

Impacto e perspectivas futuras

O sucesso de seu tratamento gerou otimismo sobre novas abordagens para o tratamento de glioblastoma, o qual poderia afetar positivamente aproximadamente 300.000 pessoas diagnosticadas com câncer cerebral anualmente. Scolyer junto com seu colega Long estão preparando um artigo científico detalhando este tratamento inovador. Entretanto, eles alertam que extensos ensaios clínicos ainda são necessários antes que essa terapia possa ser aplicada amplamente.

O neuro-oncologista Roger Stupp expressou um otimismo cauteloso. “O prognóstico de Scolyer era sombrio. É muito cedo para afirmar definitivamente que o tratamento está funcionando. Queremos vê-lo chegar a 12 meses, talvez 18, sem recorrência antes de nos animar,” disse ele à BBC News.

Scolyer permanece esperançoso de que os dados coletados do seu tratamento possam impulsionar novas pesquisas e ensaios clínicos futuros, oferecendo um raio de esperança para outros pacientes com glioblastoma mundo afora. “Sinto orgulho da equipe com a qual trabalho. Sinto orgulho de que eles estão dispostos a correr o risco de seguir por esse caminho. Isso proporciona alguma esperança de que talvez essa seja uma direção que vale a pena investigar mais formalmente,” enfatizou Scolyer.

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