O Supremo Tribunal Federal (STF) está no centro de um debate crucial sobre o futuro da internet no Brasil. Em julgamento, os ministros decidem se as redes sociais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo publicado por seus usuários. Uma clara maioria já sinalizou que sim, as plataformas têm essa responsabilidade. Mas será que isso resolve o problema do conteúdo indesejado online? O Google, por exemplo, diz que não.
Segundo a gigante de tecnologia, “Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet”. Ou seja, para o Google, mudar a regra atual não é a solução eficaz.
A Votação e o Placar Atual
Até o momento, o placar no STF está em 6 a 1 a favor da responsabilização das plataformas. Veja quais ministros já votaram neste sentido:
- Cristiano Zanin
- Dias Toffoli (relator do caso)
- Flávio Dino
- Gilmar Mendes
- Luís Roberto Barroso (presidente do STF)
- Luiz Fux
O único voto contrário registrado até agora é o do ministro André Mendonça. A votação continua, e os demais magistrados ainda apresentarão seus pontos de vista. Além de decidir a responsabilidade, os ministros precisam detalhar como as plataformas devem agir e reparar danos em casos de postagens criminosas.
Marco Civil em Análise
O cerne da discussão no STF é a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet. Este artigo estabelece que as plataformas digitais só são civilmente responsáveis por conteúdo ilícito se não o removerem após receberem uma ordem judicial específica. Como apontou o advogado Hélio Tomba Neto, a pergunta central em debate é justamente essa: a remoção de conteúdo precisa necessariamente de uma ordem judicial prévia?
A decisão final do STF terá um impacto significativo na operação das redes sociais no país e na forma como o conteúdo online é gerenciado.