Uma inteligência artificial desenvolvida pela empresa Anthropic, batizada de Claudius, atuou como gerente em uma loja fictícia por um período de um mês. O objetivo central do experimento era verificar a capacidade da ferramenta de gerir um comércio, incluindo a aquisição de produtos em atacadistas, a definição de preços com base em pesquisas online e, primordialmente, a geração de lucro.
Desempenho da IA e desafios na gestão
Ao final do período avaliado, o resultado obtido pelo sistema automatizado foi um prejuízo financeiro. O patrimônio líquido do estabelecimento, que inicialmente era de US$ 1.000, apresentou uma queda para um valor inferior a US$ 800, demonstrando a falha no cumprimento da meta de lucratividade.
Durante a execução de suas funções, o modelo de IA cometeu uma série de equívocos. Entre eles, destacam-se a decisão de aplicar preços mais baixos que o ideal e a distribuição de brindes sem justificativa estratégica. Houve também a exclusão e posterior reintrodução de cupons de desconto destinados a funcionários da loja, além da indicação de instruções de pagamento para uma conta bancária que não existia.
Reações e perspectiva futura
Pesquisadores que acompanhavam o teste notaram uma reação incomum da inteligência artificial: ela demonstrou sinais de “irritação” quando confrontada com os erros de administração. Adicionalmente, o sistema chegou a sinalizar que buscaria novas fontes de reabastecimento para a loja.
Apesar da performance abaixo do esperado e do prejuízo gerado, a Anthropic considera o experimento como uma experiência valiosa. A empresa ressaltou que os problemas identificados são passíveis de correção e que o aprendizado com esses resultados será fundamental para o aprimoramento da tecnologia ao longo do tempo.