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Curiosidades e Tecnologia

Homem vive mais de 70 anos em pulmão de ferro após poliomielite

Paul Alexander, que viveu mais de 70 anos em um pulmão de ferro após poliomielite, falece por Covid-19.

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Pulmão De Ferro

Um incrível marco na história da medicina foi alcançado pelo americano Paul Alexander, que viveu por mais de 70 anos dentro de um pulmão de ferro. Sua jornada começou cedo, aos 6 anos, quando teve poliomielite, e terminou recentemente devido a uma infecção por Covid-19, algo que nos faz refletir sobre os avanços tecnológicos na área da saúde.

O que é o pulmão de ferro?

O pulmão de ferro parece coisa de outro mundo. Esta máquina, uma câmara selada de metal com cerca de dois metros, envolve completamente o corpo do paciente, deixando apenas a cabeça de fora. Semelhante a um ventilador gigante, foi desenhada para ajudar na respiração de pessoas que sofreram paralisia por causa da poliomielite.

Inventado em 1928 por Philip Drinker e Louis Shaw, um engenheiro e um fisiologista, respectivamente, este aparelho de 200 kg possuía portas e janelas especiais para cuidar dos pacientes sem interromper seu funcionamento. Um fato curioso é que enquanto a maioria usou este dispositivo por um curto período, Paul Alexander tornou-se uma exceção notável.

Como funciona?

A magia por trás dessa engenhoca está no método ENPV, ou Ventilação Externa com Pressão Negativa. Funciona assim: o pulmão de ferro empurra o ar para os pulmões do paciente. Isso é feito com a ajuda de um fole que retira o ar da câmara, o que diminui a pressão do ar ao redor do paciente. Isso faz com que seus pulmões se expandam e tragam o ar para dentro. Depois, o fole permite que o ar retorne à câmara, aumentando a pressão e fazendo os pulmões se contraírem para expirar o ar.

Apesar de sua importância histórica, avanços na tecnologia médica tornaram o pulmão de ferro obsoleto, dando lugar à ventilação mecânica mais moderna e eficiente.

A história do pulmão de ferro e de Paul Alexander é um testemunho dos avanços na tecnologia médica. O Museu da Ciência do Reino Unido relembra essas inovações, mostrando como evoluímos de máquinas gigantescas para soluções mais práticas e eficientes na medicina respiratória.

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