A guerra de tarifas entre Estados Unidos e outros países bateu forte na Temu em maio. Segundo a Sensor Tower, uma empresa que entende do mercado, o número de pessoas usando o aplicativo chinês todo dia nos EUA caiu nada menos que 58%. A informação chegou pela Reuters. O que será que aconteceu?
A varejista teve que mudar seu jeito de trabalhar depois que a Casa Branca parou de permitir o envio de pacotes de baixo valor sem cobrar impostos. Essa regrinha, que agora acabou, foi justamente o que ajudou a Temu a ter preços tão baixos por tanto tempo lá nos EUA.
Impacto nos Negócios e Vendedores
Um analista do Morgan Stanley, Simeon Gutman, falou à Reuters que, se as tarifas continuarem como estão por muito tempo, a Temu pode perder força nos Estados Unidos. A empresa controlada pela PDD Holdings, dona também da Pinduoduo, já viu suas ações nos EUA caírem 7% após os resultados do primeiro trimestre. O lucro líquido da PDD teve uma queda de 47%, passando de 28 bilhões de yuans para 14,74 bilhões no trimestre, segundo a Reuters.
Os executivos da PDD falaram em teleconferência que as tarifas criaram pressão para seus comerciantes. Mesmo assim, prometeram tentar manter os preços como estão e buscar jeitos novos de entregar os produtos.
Essa mudança na logística significa que os vendedores, que antes só mandavam os produtos para a Temu cuidar do resto, terão que lidar com os impostos, taxas de alfândega e toda a burocracia para enviar as coisas da China para os armazéns parceiros da Temu nos EUA, de acordo com analistas do HSBC.
Crescimento em Outros Mercados
Mas nem tudo é queda para a Temu. Fora dos Estados Unidos, a plataforma continua crescendo. A empresa viu o número de usuários ativos subir em outros mercados, que já são 90% dos seus 405 milhões de clientes mensais globais no segundo trimestre. Esse aumento foi ainda mais rápido em países que não são tão ricos.