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Gripe aviária atinge golfinho na Flórida pela primeira vez

Gripe aviária atinge golfinho na Flórida, marcando preocupante avanço do vírus em mamíferos marinhos. Mais estudos são urgentes.

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Gripe Aviária

O vírus da gripe aviária, conhecido por afetar principalmente aves, agora mostra sua presença também em mamíferos, incluindo casos em ursos e focas. Surpreendentemente, uma nova vítima do vírus é o golfinho-nariz-de-garrafa na Flórida, elevando as preocupações sobre a amplitude do alcance do vírus.

Um golfinho foi encontrado preso e em perigo em 29 de março de 2022, entre um paredão e uma estaca perto de West Horseshoe Beach, no condado de Dixie, nos Estados Unidos. A equipe de resgate chegou ao local, mas infelizmente, o golfinho não sobreviveu ao incidente. O Dr. Richard Webby, diretor do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para Estudos sobre a Ecologia da Gripe em Animais e Aves, expressou que ainda é necessário entender melhor como o golfinho contraiu o vírus.

Durante a autópsia, foi notado que o golfinho apresentava um corpo magro, com o trato gastrointestinal vazio e várias lacerações. Uma análise mais detalhada revelou uma inflamação no cérebro do golfinho, algo já observado em outras espécies que foram infectadas por vírus similares. Testes posteriores confirmaram a presença do vírus A(H5N1) em amostras de tecido cerebral, embora houvesse baixa detecção nos pulmões.

Esses achados, que foram detalhados na pesquisa publicada na revista Communications Biology, mostram semelhanças com casos em outras espécies, como um boto sueco que também sofreu de meningoencefalite. Este caso traz um alerta para a comunidade científica e autoridades sobre a necessidade de estar preparados para futuras ocorrências em cetáceos nas áreas costeiras.

O Dr. Michael Walsh, veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Flórida e coautor do estudo, destacou ao The New York Times, a importância desse evento. “Estamos mais alertas agora e isso vai nos ajudar a compreender a seriedade da situação para os cetáceos”, afirmou ele. A investigação continua na tentativa de descobrir mais sobre a transmissão e impacto da gripe aviária em diferentes espécies.

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