Sundar Pichai, CEO do Google, falou publicamente sobre um processo judicial importante. Ele disse na quarta-feira que, se a empresa fosse obrigada a se separar, seus negócios seriam muito prejudicados. Isso afetaria a capacidade de criar coisas novas, segundo o que o New York Times falou.
Ele depôs para o juiz Amit Mehta, em Washington. Isso acontece como parte de um processo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O governo busca aplicar punições ao Google por ações que considera ilegais para manter seu domínio nas buscas na internet.
Quais medidas estão na mesa? Entre as propostas, estão a venda do navegador Chrome e a exigência de que o Google compartilhe dados de buscas com empresas concorrentes. Pichai comentou que essas ações poderiam parar investimentos em pesquisa e no desenvolvimento de novidades.
O Argumento do Google
Para ele, o que o governo sugere pode afetar o progresso que a empresa construiu por anos. “Isso comprometeria nossa capacidade de continuar inovando como fizemos nas últimas três décadas”, afirmou o CEO.
O juiz Mehta já deu um passo importante em 2023. Ele decidiu que o Google usou seu poder de mercado de forma inadequada ao pagar bilhões para garantir que fosse o buscador principal em aparelhos da Apple e Samsung. Agora, o tribunal decide quais penalidades serão aplicadas.
Por que a Justiça quer mudanças drásticas?
O Departamento de Justiça argumenta que o Chrome ajuda o Google a ser dominante. Isso porque o navegador envia buscas automaticamente para o Google. O governo também quer que o Google divida seus dados com rivais, algo que, para Pichai, seria como entregar toda a tecnologia da empresa.
O executivo, que ajudou a criar o Chrome, também defendeu o controle do navegador. Ele falou sobre a importância para a segurança na internet. Questionado se outra empresa teria a mesma capacidade de proteção, ele respondeu com convicção: “Com meu conhecimento, posso sim opinar sobre isso”.
Propostas diferentes
O Google prefere saídas menos drásticas. A empresa sugere, por exemplo, renegociar acordos com fabricantes de celulares todo ano. Isso daria mais liberdade para essas empresas escolherem quais aplicativos do Google instalar.
Mas o juiz Mehta levantou uma questão importante. Como os concorrentes podem realmente competir se o Google continua pagando para ter destaque? Pichai respondeu com sua visão: “o melhor produto costuma vencer”.
Este caso é visto como um marco importante. Ele faz parte dos esforços do governo americano para limitar o poder de grandes empresas de tecnologia. Outros processos contra companhias como Apple, Amazon e Meta também estão em andamento.
Sundar Pichai, CEO do Google, fala que possíveis decisões judiciais sobre o desmembramento da empresa trariam sérias dificuldades.