No dia 13 de outubro, a Unitree publicou um vídeo de 45 segundos mostrando o robô humanoide G1 executando uma sequência de movimentos ao estilo Kung Fu — saltos, giros e acrobacias — tudo sem perder o equilíbrio.
O que aparece no vídeo
As imagens, em iluminação suave, abrem com um chute alto e movimentos de braços coordenados. Em seguida vêm giros, socos e equilíbrios em uma perna só. O G1 também faz chutes rápidos, varridas e manobras aéreas, sempre concluindo com aterrissagens precisas.
A Unitree disse que o vídeo não foi acelerado. Em manobras mais exigentes, como backflips e cambalhotas, o robô usou os braços para manter a estabilidade, imitando gestos humanos para dar fluidez aos movimentos.
Alvo e aplicações
A empresa apresentou o G1 como uma plataforma de pesquisa, voltada a universidades, institutos e desenvolvedores interessados em inteligência artificial e automação. O uso industrial — em fábricas e armazéns — foi citado, mas tratado como secundário em relação ao caráter experimental do projeto.
O preço reforça esse posicionamento: o humanoide foi comercializado por cerca de US$ 21.500 (aproximadamente R$ 120 mil), sinalizando que se trata de ferramenta para estudo e experimentação, não de um produto doméstico de massa. A Unitree não informou quando — ou se — o G1 seria adaptado para tarefas domésticas.
Contexto da indústria
O lançamento aconteceu poucos dias depois de outro vídeo viral: em 4 de outubro, a Tesla publicou imagens do robô Optimus também em movimentos de Kung Fu, que ultrapassaram 28 milhões de visualizações. A Tesla anunciou a intenção de produzir 5 mil unidades do Optimus em 2025, com início de fabricação em linha piloto em Fremont, na Califórnia, visando aplicações industriais e domésticas.
O episódio reflete a concorrência acirrada no setor de humanoides, que reúne empresas como Boston Dynamics, Agility Robotics, Apptronik, 1X e Figure. A Unitree disse que seguirá aprimorando o desempenho do G1, mas não estabeleceu um cronograma para eventuais adaptações ao uso doméstico.
Reação do público
Nas redes, parte dos internautas demonstrou cansaço com demonstrações repetidas. A Unitree já havia mostrado o G1 em movimentos de artes marciais em fevereiro e acrobacias laterais em março. Muitos comentários questionaram a utilidade prática dessas apresentações — por exemplo, tarefas domésticas rotineiras como buscar uma bebida ou lavar roupas, mostradas em outros modelos como o Figure 02.
Em resumo: o vídeo reforça avanços de agilidade e coordenação no G1, mas também coloca a Unitree no centro de uma corrida tecnológica, entre demonstrações impressionantes e a pergunta óbvia — o que vem depois?