Com a saída do conector P2, os fones com fio foram cedendo espaço. O Bluetooth deixou de ser apenas uma alternativa e virou praticamente obrigatório para quem quer mobilidade e compatibilidade com aparelhos modernos.
Por que o Bluetooth predominou
O fone Bluetooth conecta-se a celulares, notebooks, TVs e outros dispositivos sem cabo, usando a tecnologia de curto alcance conhecida como Bluetooth. Depois do pareamento, o áudio é transmitido em formato digital para os alto-falantes do fone. Simples e prático — nada de fios embolados.
Entre os pontos positivos estão a liberdade de movimento, a facilidade para viajar e a compatibilidade ampla com aparelhos atuais. Mas há trade-offs: dependência de bateria, variação de autonomia entre modelos, possível latência em vídeos e jogos, interferências em lugares cheios de sinais e alcance que muda conforme a versão do Bluetooth.
Estilos de conexão
Os fones totalmente sem fio, chamados de TWS (true wireless stereo), não têm cabo entre as unidades e vêm com um estojo que recarrega as baterias. A vantagem é a liberdade total; a desvantagem: é mais fácil perder uma unidade e, em geral, a autonomia costuma ser menor do que em modelos com haste.
Outra solução mantém um cabo ou haste entre os lados, normalmente passando atrás do pescoço. Esse design reduz o risco de perda e permite baterias maiores, mais autonomia e espaço para botões físicos e microfone — em troca de um pouco menos de liberdade de movimento.
Formatos e encaixe
O encaixe influencia som, isolamento e conforto. Entre os earphones estão os in-ear, que entram no canal auditivo com ponteiras de silicone ou espuma, oferecendo isolamento passivo e boa fixação; e os earbuds, que ficam na entrada do ouvido, com menos isolamento e maior chance de se soltarem em movimentos bruscos.
Nos headphones, os supra-auriculares (on-ear) apoiam-se sobre a orelha, equilibrando conforto e portabilidade. Já os over-ear (circumaural) cobrem totalmente as orelhas, trazendo isolamento acústico melhor e conforto para uso prolongado.
O que considerar antes de comprar
- Qualidade do som: codecs como AAC, aptX e LDAC geralmente entregam som mais detalhado que o codec básico SBC.
- Estabilidade da conexão: versões mais recentes do Bluetooth, como 5.0 ou 5.3, costumam manter a conexão mais estável e reduzir cortes e latência — importante para jogos e chamadas.
- Bloqueio de ruído: além do isolamento passivo, alguns modelos têm ANC (cancelamento ativo de ruído), útil em ambientes barulhentos; em locais tranquilos, o isolamento passivo costuma bastar.
- Autonomia: a duração varia bastante. Muitos fones oferecem entre 4 e 8 horas por carga; estojos de recarga podem elevar o total para mais de 20 horas. Recarga rápida é um diferencial prático.
- Recursos inteligentes: ajustes automáticos de som, detecção de uso e comandos por voz aparecem em modelos mais avançados, agregando conveniência.
- Conforto e ergonomia: o ajuste das ponteiras e o design das conchas fazem muita diferença em usos longos.
- Resistência: se você usa para treinar, procure certificações como IPX4 ou IPX7 — elas indicam proteção contra suor, chuva e poeira. Quer correr na chuva? Prefira um modelo com boa certificação.
- Compra segura: compre em lojas confiáveis ou nos sites oficiais das marcas para evitar falsificações e garantir suporte e garantia.
Cuidados após a compra
Mantenha as ponteiras e almofadas limpas com pano seco ou levemente úmido. Guarde os fones no estojo quando não for usar, evite quedas e exposição a calor extremo, e respeite os limites de água indicados pela certificação. Use cabos e carregadores recomendados pelo fabricante para preservar a bateria.
Em resumo: escolher o fone certo passa por formato, bateria, codecs e recursos. Pense no seu uso diário — deslocamentos, treinos ou longas sessões de áudio — e escolha o modelo que equilibre conforto e funcionalidades para você.

