Fogões a gás aumentam risco à saúde descobre estudo da Universidade de Stanford

Uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford investigou a qualidade do ar nas residências dos Estados Unidos e identificou o uso de fogões a gás e propano como uma fonte potencial de poluição interna. Os resultados mostraram que esses fogões liberam quantidades significativas de dióxido de nitrogênio (NO2), um gás que pode ser prejudicial à saúde humana.

Os pesquisadores analisaram o ar em 100 casas diferentes, medindo os níveis de NO2 antes, durante e após o uso dos fogões. Eles usaram um software especializado do National Institutes for Standards and Technology (NIST) para simular a emissão e a exposição a esses poluentes baseando-se nos dados coletados.

Implicações e alternativas

A pesquisa se aprofundou nas consequências que as emissões de NO2 de fogões a gás têm para a saúde, explorando também alternativas menos nocivas. Foi descoberto que, ao contrário dos fogões a gás, os elétricos não liberam NO2 ou benzeno, tornando-os uma opção mais segura para os usuários.

Para aqueles que preferem manter o fogão a gás, a pesquisa sugere a utilização de equipamentos de ventilação apropriados para reduzir a emissão de NO2, minimizando assim os riscos para a saúde.

Os cientistas também notaram que em espaços menores, como apartamentos com dois quartos, os níveis de exposição ao NO2 são consideravelmente mais altos em comparação com casas maiores. Por exemplo, em tais apartamentos, a exposição é duas vezes maior que a média nacional e quatro vezes mais do que em residências amplas.

Há diferenças significantes entre grupos étnicos e socioeconômicos também. Comunidades de baixa renda são especialmente afetadas, enfrentando níveis mais altos de exposição, que se somam à poluição externa proveniente de veículos, impactando desproporcionalmente sua saúde.

A mudança para fogões elétricos emerge como uma solução possível, mas muitas famílias enfrentam barreiras financeiras ou habitacionais que tornam essa transição desafiadora.

As conclusões deste estudo foram publicadas na revista Science Advances, provendo uma base de dados crucial para futuras regulamentações e para a conscientização sobre os perigos associados ao uso de fogões a gás no ambiente doméstico.