Em 2025, trechos do deserto do Atacama ficaram cobertos por flores silvestres que se estenderam por vários quilômetros. Tudo começou depois de chuvas acima da média nos meses de julho e agosto, que encharcaram o solo e as terras altas da região.
Quem diria que algumas pancadas de chuva fariam tanta diferença?
O cenário e a chuva
O Atacama é considerado o mais alto e árido do planeta, com cerca de mil km de extensão. Em média, a região registra apenas cerca de 2 milímetros de precipitação por ano. Neste caso, episódios de chuva torrencial fizeram esses índices subirem em pontos específicos; em algumas zonas de grande altitude, a precipitação chegou a 60 milímetros.
A floração
Com o solo encharcado, sementes que estavam enterradas por meses germinaram, permitindo a emergência de mais de 200 espécies sobre o solo vermelho e rochoso. A maior parte das flores apareceu em tons roxos, com ocorrências também de amarelas, azuis e brancas, mudando a paisagem habitual e atraindo visitantes.
Víctor Ardiles, curador principal de botânica do Museu Nacional de História Natural do Chile, explicou que as sementes permaneceram enterradas e só germinaram após as chuvas, e que a floração daquele ano foi maior do que o esperado.
A maioria das espécies previstas desapareceu com a chegada do verão, em novembro, enquanto as plantas mais resistentes ficaram visíveis até janeiro do ano seguinte.
As informações foram divulgadas pela Associated Press (AP).