A Microsoft encerrou o suporte ao Windows 10 em 14. Lançado em 2015, o sistema deixa de receber atualizações de segurança, correções de bugs e suporte técnico oficial — um ciclo que durou quase uma década.
O fim do suporte atingiu muita gente: estimativas apontavam que cerca de 650 milhões de dispositivos ainda rodavam o Windows 10. Com isso, cresceu a preocupação sobre segurança, compatibilidade e o futuro de máquinas mais antigas.
O que muda na prática
Sem as atualizações da Microsoft, novos riscos deixam de ser corrigidos. Isso aumenta a exposição a malwares, ransomwares e outras ameaças digitais. Antivírus e firewalls ajudam, mas não substituem correções no próprio sistema operacional — uma falha crítica não corrigida continua sendo uma porta aberta para ataques.
A empresa recomendou a migração para o Windows 11 ou a adesão ao programa de atualizações estendidas, o Extended Security Updates (ESU). O ESU foi oferecido por cerca de US$ 30 por ano, por dispositivo (aproximadamente R$ 160), pensado para dar mais tempo a escolas, empresas e usuários que ainda não haviam atualizado.
Quem recebeu mais tempo — e como funcionou
Como alternativa temporária, a Microsoft liberou um ano adicional de atualizações gratuitas para grupos específicos. Entre os beneficiados estavam computadores de instituições de ensino e dispositivos domésticos vinculados a uma conta Microsoft. Em linhas gerais:
- Escolas: ativação por administradores via Microsoft Intune.
- Usuários domésticos: benefício automático enquanto o Windows Update estivesse ativo e o usuário logado com conta Microsoft.
- Empresas: solicitação do período gratuito pelo portal Microsoft 365 Admin.
Essas medidas foram temporárias, com o objetivo de facilitar a transição para o Windows 11.
Quem não teve acesso à extensão teve basicamente duas opções: pagar pelo ESU ou migrar o hardware/software.
Windows 11 — requisitos e novidades
A Microsoft posicionou o Windows 11 como um sistema mais focado em segurança e desempenho, exigindo componentes modernos como TPM 2.0 e boot seguro. Entre os recursos, destacam-se os Layouts e Grupos Snap para organizar janelas, melhorias para jogos como Auto HDR e DirectStorage, inicialização mais rápida e um visual renovado.
No entanto, muitos computadores vendidos até 2023 continuaram incompatíveis com esses requisitos, o que obrigou parte dos usuários a optar pelo ESU pago ou a trocar o hardware.
Para quem quis migrar, os caminhos foram simples: verificar atualizações na barra de tarefas e, se o dispositivo fosse compatível, aceitar a instalação do Windows 11; ou baixar o assistente de instalação para criar uma mídia de atualização em pendrive ou DVD.
Em resumo: o fim do suporte ao Windows 10 marcou o encerramento de um ciclo e acelerou a migração para o Windows 11. As extensões oferecidas foram temporárias — se você depende desse sistema, vale planejar a atualização ou avaliar o custo do suporte estendido.