Curiosidades e Tecnologia
Facção criminosa dava celulares iPhone para líderes e Android para “soldados” inferiores hierarquicamente; entenda
Para manter o movimento de dados, os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ganhavam celulares iPhone de última geração, enquanto os “soldados”, inferiores hierarquicamente, ficavam com aparelhos mais básicos, de sistema Android. Esses são os dados apresentados em documentos sigilosos criados pelos departamentos de inteligência da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
De modo a acompanhar o progresso dos crimes, os membros das facções desenvolveram uma complexa rede de comunicação, na qual as informações são divididas em vários setores e o número de pessoas envolvidas é reduzido. Poucos delinquentes integram o sistema..
A finalidade da reunião do PCC é limitar ao máximo a troca de dados, sobretudo para impedir o vazamento de informações que envolvam os projetos da organização criminosa. Para a manutenção da “rede fechada”, diversos celulares eram comprados com recursos do próprio PCC e entregues aos criminosos, de forma periódica.
Uma pessoa designada era a responsável por comprar os aparelhos, configurá-los, baixar aplicativos de conversas por mensagens, inserir os contatos que usariam as linhas e entregar os telefones aos destinatários. A pessoa que tinha como tarefa preparar os equipamentos se certificava de que, em cada rede fechada, apenas as pessoas que faziam parte dela poderiam ter acesso, sem riscos de que terceiros interferissem.
A cautela na logística incluía trocar os codinomes dos delinquentes, o que chegou a gerar confusão entre eles. Ainda assim, a troca de apelidos era constante e habitual. A PCC usou, ao mesmo tempo, vários apelidos em conversas de aplicativos diferentes.
No sistema de comunicação da organização criminosa, muitas ordens eram repassadas por intermediários, de forma que alguém de um grupo não tinha contato direto com alguém de outro. Para facilitar a comunicação, as ordens e instruções eram repassadas por alguém que estava específico, o que impedia o contato direto entre diversas pessoas.
Dada a relevância dos membros do PCC, as conversas normalmente giravam em torno de grandes somas em reais ou dólares, bem como grandes quantidades de diferentes tipos de drogas ilícitas, como cocaína, maconha e anfetaminas.
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