A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos demandou a realização de inspeções em aeronaves do modelo Boeing 737 Max 9, totalizando 171 exemplares. A determinação surgiu como consequência da abertura do painel de um avião durante um voo, fato que levou a uma aterrisagem emergencial. Em decorrência das inspeções exigidas, empresas aéreas como Alaska Airlines e United Airlines procederam à interrupção de serviços aéreos em várias nações, incluindo o Brasil.
No episódio que motivou o procedimento investigativo, o avião da Alaska Airlines se viu obrigado a voltar ao Aeroporto Internacional de Portland, no estado de Oregon, após seus pilotos identificarem a abertura inesperada da estrutura externa da aeronave enquanto estavam a 16 mil pés de altitude. Apesar do risco envolvido, a situação foi controlada e não houve registro de feridos entre os passageiros ou a tripulação.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos EUA assumiu a condução das investigações sobre o ocorrido, com a hipótese preliminar apontando para uma possível falha de pressurização. Histórico de problemas anteriores com alertas de pressurização já havia sido registrado. Especificamente, o foco está voltado para um tampão de porta que se desprendeu em pleno voo. Adicionalmente, a avaria ocasionou a perda de comunicação de dados cruciais, uma vez que o gravador de voz do cockpit tem seu conteúdo renovado após um limite de tempo.
No tocante às operações aéreas em território brasileiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou a suspensão dos voos domésticos de aeronaves Boeing 737 Max 9, gerenciados no país pela companhia aérea Copa Airlines, que atua principalmente em trajetos internacionais que conectam o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a outros destinos. A orientação emitida pelas autoridades de aviação norte-americanas repercute em múltiplas jurisdições e, como consequência, já resultou em um considerável número de cancelamentos de voos, sobretudo, mas não exclusivamente, nos Estados Unidos.
